Música

Vozes Inesquecíveis: O Sertanejo Que Tocou Nossos Corações

Se existe um gênero musical capaz de traduzir as alegrias, dores e paixões do brasileiro, esse gênero é, sem dúvida, o sertanejo. Ao longo das décadas, o sertanejo conquistou gerações, embalou festas de família, trilhou histórias de amor e transformou anônimos em ícones nacionais. Mas, mais do que as modas de viola ou as baladas que dominam as paradas, são as vozes inesquecíveis do sertanejo que realmente tocam nossos corações — e, convenhamos, também nos fazem ensaiar uns passinhos desajeitados na sala de casa.

Quando falamos em vozes marcantes, impossível não lembrar de Tonico & Tinoco. A dupla, que iniciou sua trajetória em 1930, é considerada a mais longeva do Brasil, com mais de 50 anos de carreira, 1.000 músicas gravadas e nada menos que 150 discos lançados. Com “Chico Mineiro” e “Tristeza do Jeca”, deram à música sertaneja um tom de autenticidade e poesia que permanece até hoje. E que tal Chitãozinho & Xororó? Desde os anos 1970, os irmãos paranaenses redefiniram o sertanejo, levando-o da roça para o mundo pop — e não só com bigodes estilosos, mas também com sucessos como “Evidências”, que virou hino obrigatório em karaokês e corações partidos.

E por falar em hinos, Zezé Di Camargo & Luciano são praticamente patrimônio nacional. Quem nunca se pegou cantando “É o Amor” com aquela força dramática na voz (e às vezes até desafinando, mas com sentimento), atire a primeira sanfona! A dupla, que surgiu no início dos anos 1990, foi um dos maiores fenômenos da música brasileira, vendendo mais de 40 milhões de discos e colecionando prêmios, além de inspirar o filme “2 Filhos de Francisco”, que levou multidões ao cinema e à caixa de lenços de papel.

As mulheres também ocupam espaço de destaque no sertanejo. Roberta Miranda quebrou barreiras e se consagrou como a “Rainha do Sertanejo”, sendo a primeira mulher a vender mais de 1,5 milhão de discos em seu álbum de estreia, em 1986. E que dizer do fenômeno Marília Mendonça? A cantora goiana marcou o início da era “feminejo” com letras sinceras e emocionantes sobre empoderamento feminino, relacionamentos e sofrências cotidianas. Seu legado permanece vivo, com bilhões de plays e corações tocados em todo o país, mesmo após sua partida precoce em 2021.

Não podemos esquecer da geração que trouxe o sertanejo universitário à tona, como Jorge & Mateus, Luan Santana, Gusttavo Lima e Henrique & Juliano. Eles ajudaram o gênero a dialogar com os jovens, mesclando batidas modernas e letras envolventes. Só Jorge & Mateus, por exemplo, já somam mais de 10 bilhões de execuções nas plataformas digitais em 2024, mostrando que o sertanejo está longe de perder o fôlego — especialmente na hora da sofrência.

Curiosamente, o sertanejo não só faz sucesso nas playlists brasileiras. Em 2018, por exemplo, “Largado às Traças”, da dupla Zé Neto & Cristiano, figurou entre as músicas mais tocadas do mundo no Spotify, mostrando que as vozes do sertanejo ecoam além das fronteiras do Brasil.

As vozes do sertanejo são inesquecíveis porque traduzem sentimentos universais: o amor, a saudade, a esperança e, claro, aquela vontade de fazer uma “moda” na beira do fogão a lenha. São trilha sonora da vida real, com todos seus altos, baixos e refrões pegajosos. Seja na voz rouca de Milionário & José Rico, na potência de Daniel, no timbre inconfundível de Chrystian & Ralf ou nos duelos de humor de Mato Grosso & Mathias, o sertanejo é, antes de tudo, uma grande declaração de amor à música brasileira.

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