Se você é daqueles que ainda torce o nariz quando ouve “funk consciente”, prepare-se: está na hora de separar o joio dos mitos e o trigo das verdades. O funk consciente, subgênero do funk brasileiro que ganhou força nos anos 2000, vai muito além dos graves vibrando e refrões grudentos. Ele é uma legítima manifestação cultural, carregada de crítica social, reflexões sobre a vida nas periferias e, claro, muita batida envolvente. Mas será que tudo que dizem sobre ele é verdade? Vamos tirar essa dúvida agora!
Primeiro, é importante saber de onde vem essa tal “consciência”. Ao contrário do funk ostentação, que fala de luxo e festas, ou do proibidão, famoso pelas letras explícitas, o funk consciente aposta em mensagens mais profundas. As letras abordam a realidade de quem vive nas favelas, falam de superação, violência, racismo e até do sistema prisional. Não raro, trazem um convite à reflexão e ao olhar mais atento para a desigualdade social brasileira. Quer um exemplo? “Rap da Felicidade” (1995), dos MCs Cidinho e Doca, é praticamente a certidão de nascimento do subgênero, com o famoso refrão: “Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci”.
Mito número um: “Funk consciente só fala de tragédia”. Nada disso! Apesar de abordar realidades difíceis, o gênero também celebra conquistas, esperança e, por que não, momentos de felicidade. Afinal, resistência também se faz com sorrisos. MCs como Livinho, Dudu, Leonardo e Cidinho (sim, ele de novo!) são mestres em misturar crítica social com mensagens de autoestima e força coletiva.
Outro mito: “Funk consciente é incitação à criminalidade”. Errado! Aliás, bem errado. O que muitos não sabem é que esse subgênero do funk está mais próximo do rap e do reggae na missão de relatar a vida como ela é, sem filtros. Não se pode culpar o mensageiro pelo conteúdo da mensagem, certo? Pesquisas recentes, como o estudo da Fundação Getúlio Vargas em 2023, mostram que o funk consciente tem papel importante na construção da identidade de jovens periféricos e na valorização de suas vivências, funcionando como uma espécie de diário coletivo.
Agora, uma verdade inquestionável: o funk consciente é resistência pura. É música feita por quem não teve a vida fácil, para quem também não teve, e para quem quer entender um pouco mais sobre o Brasil real. A ascensão do funk consciente coincidiu com o avanço do acesso à internet e às plataformas gratuitas de música, como Soundz (olha o jabá honesto aqui!), e isso ajudou a democratizar ainda mais o estilo. Em 2024, dados do próprio Spotify mostraram que o funk consciente teve crescimento de 48% em streams entre ouvintes de 15 a 29 anos, mostrando que o gênero não só sobreviveu, como está mais forte do que nunca.
Mas calma lá! Não dá para sair por aí achando que o funk consciente é unanimidade. Há quem torça o nariz, diga que “é tudo igual” ou que “falta conteúdo”. Só que o que muita gente esquece é que a diversidade de vozes só fortalece a música. E se você ainda acha que funk consciente é só “fazer barulho”, experimente ouvir com atenção. Vai ver que, no fundo, ele é sobre dar voz a quem sempre foi silenciado — e, talvez, é disso que mais precisamos hoje.
E então, preparado para dar play na consciência? Aproveite para conhecer o Soundz (https://soundz.com.br), plataforma de streaming de música grátis, onde você pode escutar funk consciente, criar suas playlists e ainda conferir uma revista digital completa, recheada de temas variados para inspirar sua mente e seu dia. Vem descobrir, ouvir e compartilhar!
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