Se você nunca ouviu falar de Kpop, provavelmente está morando em uma caverna (ou talvez apenas evitando redes sociais, o que já é raro hoje em dia). O Kpop, abreviação de Korean Pop, é um fenômeno musical global que mistura sons cativantes, coreografias de tirar o fôlego, visuais incríveis e uma pitada de brilho que transforma qualquer música em um verdadeiro espetáculo. Mas, para entender como essa “onda coreana” conquistou o mundo, é preciso dar um pulinho na história e olhar com carinho para o impacto cultural que os idols coreanos têm provocado ao redor do planeta.
Tudo começou lá nos anos 1990, quando o grupo Seo Taiji and Boys decidiu misturar elementos de música ocidental, como hip-hop, rap e techno, com o pop tradicional coreano. Eles causaram um rebuliço tão grande na Coreia do Sul que abriram caminho para o surgimento das primeiras “fábricas de idols”, empresas como SM Entertainment, YG Entertainment e JYP Entertainment. Essas agências passaram a treinar jovens talentos para serem estrelas completas, o que envolve desde o canto até a atuação, passando (claro!) por muita dança sincronizada. O resultado? Grupos como H.O.T., S.E.S. e Shinhwa, que logo dominaram a cena coreana e criaram a base do que conhecemos hoje como Kpop.
A ascensão internacional do Kpop ganhou tração de verdade nos anos 2000, quando a internet começou a conectar fãs de todos os cantos do mundo. Lembre-se: o YouTube foi lançado em 2005, e vídeos como “Gangnam Style”, do PSY, quebraram a barreira do idioma e da cultura, provando que um refrão chiclete e uma coreografia divertida podem conquistar qualquer um. Em 2012, “Gangnam Style” se tornou o primeiro vídeo a alcançar 1 bilhão de visualizações na plataforma, plantando a semente para o sucesso de grupos como BTS, BLACKPINK, EXO, TWICE e tantos outros.
O que diferencia o Kpop de outros estilos musicais é a atenção aos detalhes. Cada comeback (lançamento de single/álbum) é um evento, com teasers, vídeos, teorias de fãs, “fandoms” organizadíssimos e uma interação intensa nas redes sociais. O BTS, por exemplo, não só dominou charts como a Billboard, mas também discursou na ONU, mostrando que o impacto vai além da música. Já o BLACKPINK conquistou o título de maior grupo feminino do YouTube, superando várias estrelas do pop mundial.
Mas não é só música: o Kpop influencia moda, maquiagem, dança e até gastronomia. Se antes o kimchi era algo exótico, hoje está nos restaurantes do mundo todo. Os idols lançam tendências, seja no corte de cabelo da vez, seja no jeito como respondem aos fãs no Twitter. E por falar em fãs… Os “ARMYs” (de BTS), “Blinks” (de BLACKPINK) e tantos outros fandoms são verdadeiros exércitos digitais, prontos para quebrar recordes, votar em premiações e ajudar causas sociais — sim, os fãs de Kpop já arrecadaram milhões de dólares para instituições beneficentes mundo afora!
O impacto econômico também é gigantesco. Só em 2020, o Kpop movimentou cerca de 10 bilhões de dólares para a economia sul-coreana. O governo da Coreia do Sul apoia essa onda, enxergando no Kpop um “soft power” que melhora a imagem do país e incentiva o turismo (lembrando que Seul virou destino obrigatório de muitos fãs).
E tem mais: o Kpop também abriu portas para discussões sobre saúde mental, padrões de beleza, diversidade e inclusão. Muitos idols já falaram abertamente sobre ansiedade, bullying e pressão, aproximando ainda mais o público dessa indústria.
No final das contas, o Kpop é uma mistura irresistível de talento, produção impecável e muita paixão — tanto dos artistas quanto dos fãs. Se você ainda não se rendeu a um refrão grudento ou não tentou reproduzir uma coreografia viral, talvez seja hora de abrir seu coração (e seu Spotify, ou melhor, o Soundz!) para descobrir esse universo.
E já que o papo é música, fica a dica: no Soundz (https://soundz.com.br) você escuta Kpop grátis, cria playlists, explora sons do mundo inteiro e ainda se informa com uma revista digital completa sobre música, cultura, entretenimento e muito mais. Bora dar play nessa onda coreana?