Sertanejo Universitário: Origem e Evolução do Estilo

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Se você já se pegou cantarolando “Ai, se eu te pego!” no chuveiro, ou se uma sofrência bateu forte no coração ao som de Jorge & Mateus, então você já foi fisgado pelo Sertanejo Universitário, esse fenômeno musical que conquistou o Brasil de norte a sul. Mas você sabe de onde veio esse estilo que mistura violão, chapéu, cerveja e muita alegria? Bora embarcar nessa jornada pela origem e evolução do Sertanejo Universitário, aquele ritmo que, mesmo depois da terceira dose, ninguém fica parado!

Tudo começa lá atrás, com o sertanejo raiz, também chamado de música caipira, que nasceu no interiorzão do Brasil, entre as décadas de 1920 e 1940. Os pioneiros Tonico & Tinoco, Milionário & José Rico, e até mesmo a dupla Tião Carreiro & Pardinho, cantavam sobre o campo, o amor, a vida rural e as saudades de casa. As letras eram quase cartas para o sertão, embaladas pelo som da viola e uma pitada de nostalgia. Mas, como tudo na vida, o sertanejo foi ganhando novas cores, sons e sotaques.

Nos anos 1980 e 1990, vimos surgir o chamado sertanejo romântico. Zezé Di Camargo & Luciano, Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo modernizaram o gênero, trocaram a viola pela guitarra, adicionaram teclados e baterias, e as letras começaram a falar também de amores urbanos, traições e sonhos de sucesso. O sertanejo já não era só do campo: estava na televisão, nas rádios, nos grandes centros urbanos. Mas ainda faltava um toque jovem, uma energia universitária que transformasse tudo.

É aí que entra o Sertanejo Universitário, que começou a criar forma nos anos 2000. O termo “universitário” não veio à toa: o estilo nasceu nos bares, repúblicas e festas de faculdade, principalmente no interior de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e São Paulo. Jovens músicos como João Bosco & Vinícius, César Menotti & Fabiano e Jorge & Mateus começaram a simplificar os arranjos, trazer letras mais leves, falando de festas, baladas e, claro, daquele amor que só dura até o próximo final de semana.

O grande diferencial do Sertanejo Universitário é justamente esse: acessível, animado, pronto para embalar a galera que quer se divertir sem complicação. As músicas saltaram dos churrascos para as grandes festas, viraram trilha sonora de micaretas, formaturas e até baladas de grife. O violão virou rei, os chapéus deram lugar a bonés, e o público, que antes era majoritariamente rural, passou a ser formado por jovens urbanos, conectados e sedentos por hits.

A virada histórica veio em 2007, quando Jorge & Mateus lançaram “Pode Chorar” e Michel Teló explodiu com “Fugidinha”. O ápice internacional aconteceu quando “Ai Se Eu Te Pego”, de Teló, virou febre mundial em 2011, alcançando o topo das paradas em mais de 20 países. Não era mais só música de faculdade: era pop, era mainstream, era Brasil no Spotify e no YouTube.

A partir daí, o Sertanejo Universitário só cresceu. Surgiram duplas e artistas solo como Luan Santana, Gusttavo Lima, Marília Mendonça, Henrique & Juliano e Maiara & Maraísa, que deram novas camadas ao estilo. Marília, aliás, foi rainha da sofrência – e mostrou que mulher também faz sertanejo de respeito. As letras ganharam temas mais variados, do empoderamento feminino ao amor moderno, das festas às decepções amorosas, e os arranjos passaram a flertar com outros estilos, como o funk, o forró e o pop.

Hoje, em 2025, o Sertanejo Universitário é um dos gêneros mais escutados do Brasil. Não existe festa ou playlist sem pelo menos um hit sertanejo para esquentar o clima. O estilo se reinventou, ganhou novas caras, e continua sendo a trilha sonora oficial da alegria, da paquera e, por que não, daquele choro escondido no fim da noite. E tudo isso mostra que, enquanto houver um coração apaixonado e vontade de cantar alto, o Sertanejo Universitário vai continuar evoluindo – e fazendo história.

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