Ah, os anos 70… Uma década que, para muitos, é sinônimo de cores vibrantes, cabelos volumosos, calças boca de sino e, claro, muita música boa! No Brasil, a chamada MPB – Música Popular Brasileira – viveu um dos seus períodos mais intensos e criativos, com artistas que transformaram a cena musical, misturaram ritmos, desafiaram censuras e eternizaram canções que, até hoje, fazem a trilha sonora da vida de muita gente. Bora embarcar nessa viagem nostálgica e relembrar os grandes clássicos da MPB dos anos 70?
Primeiro, é impossível não começar falando de um dos discos mais emblemáticos da década: “Clube da Esquina”, lançado em 1972. Nessa obra-prima, Milton Nascimento e Lô Borges, junto com um time de músicos mineiros de primeira linha, trouxeram ao mundo faixas como “Paisagem da Janela”, “Tudo que Você Podia Ser” e a própria “Clube da Esquina Nº2”. O disco misturava rock, bossa nova, jazz e influências regionais, representando a pluralidade da música brasileira. E cá entre nós: quantos de nós já não tentamos cantar “O Trem Azul” no chuveiro, nem que fosse só pra ver se o eco ajudava?
Falando em diversidade, os anos 70 também foram palco para a ousadia de Caetano Veloso e Gilberto Gil, dois dos maiores nomes da Tropicália. Mesmo com o exílio temporário imposto pela ditadura militar, eles voltaram ao Brasil e lançaram álbuns históricos como “Transa” (1972), de Caetano, que trouxe o clássico “You Don’t Know Me” e misturou inglês e português com uma naturalidade que só ele tem. Gil, por sua vez, lançou em 1975 o já mítico “Refavela”, com músicas como “Aqui e Agora” e a faixa-título, mostrando sua paixão pelo reggae e pelas sonoridades africanas.
Não dá pra falar de MPB sem lembrar de Gal Costa, que brilhou lindamente nos anos 70 com sua voz poderosa e presença de palco arrebatadora. O álbum “Gal Costa” de 1969 abriu portas para a década seguinte, onde ela lançou hits como “Meu Nome é Gal”, “Barato Total” e a incrível “Pérola Negra”. Já Elis Regina, nossa eterna “Pimentinha”, emocionou multidões com interpretações arrebatadoras. Em 1974, ela gravou o histórico “Elis & Tom”, em parceria com Tom Jobim, eternizando “Águas de Março” – um daqueles duetos que faz até quem não gosta de música parar pra ouvir (e se apaixonar).
Se a conversa for sobre poesia e politização, Chico Buarque é nome obrigatório. Nos anos 70, ele presenteou os fãs com pérolas como “Apesar de Você”, um hino da resistência contra o regime militar (sabia que a música chegou a ser censurada, mas virou sucesso clandestino?). Também lançou “Construção” (1971), álbum que traz a faixa-título, conhecida pela letra engenhosamente construída, além de “Cotidiano” e “Deus Lhe Pague”. Aliás, se existisse prêmio de “melhor trocadilho com palavras tristes”, Chico levaria todos.
A década também foi generosa com o samba, e não faltam clássicos para a lista. Martinho da Vila lançou em 1974 o icônico “Canta, Canta, Minha Gente”, com o hit homônimo e “Disritmia”. Paulinho da Viola, com seu toque sofisticado, brilhou com “Foi um Rio que Passou em Minha Vida” e “Dança da Solidão”. A roda de samba nunca mais foi a mesma!
E claro, não podemos esquecer de Raul Seixas, o Maluco Beleza, que revolucionou o rock nacional misturando baião, elementos do folclore e um toque de filosofia: “Ouro de Tolo”, “Metamorfose Ambulante” e “Maluco Beleza” são hinos imortais. Quem nunca gritou “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante…” tá precisando rever a playlist urgente!
A MPB dos anos 70 foi um verdadeiro laboratório musical: novos arranjos, letras profundas, resistência política, romantismo, toque de regionalismo e muita, mas muita criatividade. É um tesouro que parece não envelhecer nunca – afinal, clássicos nunca saem de moda. Se você se pegou cantarolando alguma dessas músicas enquanto lia este texto, já sabe: é hora de dar o play e reviver a magia desses tempos incríveis.
Quer ouvir esses e muitos outros sucessos da MPB dos anos 70? Corre pro Soundz (https://soundz.com.br), a plataforma de streaming de música grátis onde você pode escutar suas músicas favoritas, criar playlists personalizadas e ainda curtir uma revista digital completa sobre música, cultura pop e muito mais. Não perca tempo: embarque nessa viagem sonora e descubra (ou redescubra) porque a MPB dos anos 70 nunca sai de moda!