Se existe uma palavra capaz de unir brasileiros em torno de um copo, essa palavra é caipirinha. Muito mais do que um simples drink, ela é patrimônio cultural, trilha sonora de churrascos, alma das festas e, para muitos, a personificação líquida do Brasil. Mas como preparar a caipirinha perfeita, aquela que arranca suspiros de gringo e deixa o brasileiro orgulhoso? Prepare-se para uma jornada saborosa, cheia de dicas, curiosidades e, claro, o passo a passo para acertar na medida e fazer bonito!
A caipirinha surgiu no interior de São Paulo, no início do século XX, provavelmente como variação de receitas medicinais que misturavam limão, alho e mel para tratar gripes. Graças aos deuses da mixologia, o alho saiu de cena e entrou o açúcar, nascia assim a mistura refrescante de limão, açúcar, gelo e cachaça. O drink ficou famoso no mundo inteiro, sendo inclusive registrado como patrimônio imaterial brasileiro pelo Instituto Brasileiro de Cachaça. Ou seja: caipirinha não é só gostosa, é história viva que cabe num copo!
Mas chega de papo furado (ou quase): afinal, como fazer a caipirinha digna de bar premiado? O segredo começa pelos ingredientes. Aqui não tem espaço para improviso: escolha limões frescos e suculentos, de preferência do tipo Tahiti. Nada de limão murcho ou muito verde. O açúcar deve ser refinado – esqueça adoçantes e versões cristalizadas que não se dissolvem direito. O protagonista, claro, é a cachaça. Quanto mais pura e de boa procedência, melhor. As marcas conhecidas, como Leblon, Ypióca ou 51, são apostas seguras, mas o Brasil está cheio de rótulos artesanais que valem a pena ser explorados.
Agora, vamos ao preparo. Corte um limão em oito pedaços, retirando as pontinhas brancas do miolo – isso evita que a bebida fique amarga. Coloque os pedaços num copo baixo (tipo old fashioned), acrescente duas colheres (sopa) de açúcar e amasse suavemente com um socador. Atenção: não é para esmagar a alma do limão, apenas liberar o suco e os óleos da casca. Complete com gelo até encher o copo. Gelo em cubos grandes derrete mais devagar e mantém a caipirinha gelada por mais tempo, sem aguá-la rapidamente. Despeje 50 ml de cachaça (a medida clássica) e misture delicadamente com uma colher bailarina ou canudo. Está pronta a sua caipirinha clássica!
E o rendimento? Cada drink serve uma pessoa, claro, mas nada impede que você dobre, triplique ou faça uma jarra inteira para os amigos. Lembre-se: a proporção é sempre um limão, duas colheres de açúcar, 50 ml de cachaça e gelo à vontade por dose. Para não errar: para uma jarra de um litro, use quatro limões, oito colheres de açúcar e 200 ml de cachaça. O segredo é misturar tudo só na hora de servir, para não perder o frescor.
Se quiser inovar, experimente versões com outras frutas, como morango, kiwi, abacaxi ou maracujá. Mas, por favor, nunca chame essas criações de “caipirinha de vodka” (caipiroska) ou “caipirinha de saquê” (saquerinha) – essas bebidas são da família, mas o DNA raiz é a cachaça! Aliás, sabia que a caipirinha é o coquetel brasileiro mais pedido fora do Brasil, segundo a International Bartenders Association? Cheia de moral!
Dicas extras para brilhar: use copos baixos e largos; mexa bem para dissolver o açúcar; e abuse da criatividade na apresentação (um raminho de hortelã ou uma rodela de limão na borda do copo fazem diferença). Aliás, se for dirigir, não beba. E, se beber, chame os amigos para cantar junto, porque nenhuma caipirinha é completa sem uma boa trilha sonora.
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