Em junho de 1972, o mundo viu nascer um dos álbuns mais revolucionários da história do rock: “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”, de David Bowie. Mas afinal, por que esse álbum é considerado um clássico absoluto? Prepare-se para uma viagem intergaláctica — e cheia de glitter — pelo universo criativo de Bowie.
Desde o primeiro acorde de “Five Years” até o apoteótico encerramento com “Rock ‘n’ Roll Suicide”, o álbum é uma verdadeira ópera espacial. Ziggy Stardust, um alter ego alienígena andrógino criado por Bowie, surge como mensageiro do apocalipse: a Terra tem apenas cinco anos antes de sua destruição e somente o rock pode salvar a humanidade. Parece premissa de filme cult, mas é só o Bowie sendo visionário mesmo.
O disco não apenas moldou o glam rock como influenciou quase tudo que veio depois. De bandas como Queen a artistas modernos como Lady Gaga, a ideia de um artista pop multifacetado, teatral e ousado teve ali sua certidão de nascimento. Além disso, Ziggy não era só personagem: Bowie literalmente vestiu a pele de Ziggy nos palcos, com cabelos laranja, maquiagem pesada, figurinos brilhantes e uma energia quase sobrenatural. O público pirou, lógico.
Musicalmente, o álbum é um desfile de hits atemporais. “Starman” foi responsável por transformar Bowie em um fenômeno global, especialmente após sua lendária apresentação no Top of the Pops, onde crianças britânicas descobriram, de uma só vez, o poder do refrão contagiante e a magia de Bowie apontando diretamente para a câmera. Outro destaque é “Moonage Daydream”, com riffs de guitarra de Mick Ronson que mais parecem meteoros sonoros. E quem nunca se pegou cantarolando “Suffragette City” ou “Ziggy Stardust”? Impossível ficar parado!
As letras são um espetáculo à parte. Bowie mescla ficção científica, crítica social e questões de identidade de gênero, tudo costurado com ironia e sensibilidade. Lançado no início dos anos 70, em meio a debates sobre liberdade sexual e direitos civis, o disco se tornou um símbolo de rebeldia e autoaceitação. Não à toa, Ziggy Stardust virou ícone da cultura LGBTI+ e da moda andrógina.
O impacto cultural do álbum ultrapassou gerações. Em 2017, entrou para o Registro Nacional de Gravações dos Estados Unidos pela sua importância histórica, e, em 2020, a Rolling Stone o colocou entre os 40 melhores de todos os tempos. Não é só nostalgia: “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” é estudado em escolas, citado em filmes, séries, memes e até virou nome de asteroide. Poucos álbuns geram tamanha devoção, décadas após o lançamento.
E cá entre nós, ouvir Ziggy Stardust é uma experiência transformadora. É impossível não imaginar Bowie descendo de uma nave espacial para libertar sua criatividade interior. Se você quer entender por que esse álbum é um clássico, a resposta está na própria essência de Bowie: inovação, ousadia e coragem para desafiar o status quo. Ele não só criou um álbum, mas fundou um planeta inteiro para todos os outsiders do universo pop.
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