Quando se fala em Brasil, três coisas costumam saltar aos olhos (e aos ouvidos): futebol, carnaval e, claro, o samba. O samba é tão emblemático que ganhou até um dia só dele, comemorado sempre em 2 de dezembro! Mas se você acha que para sambar precisa ter nascido sambista ou possuir gingado natural estilo passista da Sapucaí, calma. Até quem nasceu com dois pés esquerdos pode aprender a arriscar os primeiros passos e, quem sabe, brilhar na próxima festa. Vamos juntos desvendar o segredo do rebolado mais famoso do Brasil e garantir momentos de diversão e até uns stories de respeito.
O samba nasceu no Rio de Janeiro no comecinho do século XX, fruto da mistura de ritmos africanos, indígenas e europeus. Foi ganhando o coração do povo, ocupando as ruas, os terreiros e, claro, as rodas de samba. Se o samba “de raiz” embala as tardes e noites do país, o samba no pé é o que transforma qualquer ambiente em um bailinho animado. Mas afinal, por onde começar quando se é iniciante e a única referência é o desfile da Globeleza?
O primeiro ponto é entender que o samba é democrático: não existe corpo ou idade ideal. O segredo está na postura e no ritmo. A base do samba no pé é um movimento simples, mas exige prática. Comece ficando com as pernas semi-flexionadas e o peso do corpo levemente para frente. O movimento é formado por um deslocamento rápido dos pés: geralmente, para cada tempo da música, você irá alternar o apoio entre um pé e outro, levantando levemente o calcanhar do pé de trás. Para facilitar, repare nos passistas: parece que eles estão deslizando, mas na verdade o segredo está nos pequenos movimentos rápidos, quase como se você estivesse marchando sem sair do lugar.
O samba tradicional se dança em três tempos: pé direito à frente, pé esquerdo no lugar, pé direito volta ao ponto inicial. Depois, repete invertendo o lado. Parece complexo, mas é só imaginar um triângulo no chão e ir alternando os pés em cada vértice. Na dúvida, experimente fazer isso na frente do espelho com aquela música clássica do Zeca Pagodinho ou da Beth Carvalho — ninguém vai julgar você, prometo!
A coordenação entre os pés e o quadril faz toda diferença. O quadril é o rei do samba, mas isso não significa rebolar desenfreadamente. Ele acompanha o balanço dos pés, de maneira natural e com suavidade. Isso ajuda não só no ritmo, mas também a dar aquela famosa malemolência que só o samba tem. Não se preocupe se no início parecer “travado”; com prática, você vai sentir o corpo soltar — e, quem sabe, até dar vontade de improvisar uns giros.
E por falar em música, treinar com o ritmo certo é essencial. O samba tem um compasso 2/4, ou seja, é rapidinho e animado! Por isso, comece com músicas mais lentas, como alguns sambas antigos, e vá acelerando conforme pegar confiança. Hoje, existem centenas de vídeos e tutoriais online para acompanhar os passos devagar e, depois, arriscar junto com os amigos.
Uma dica infalível: use roupas confortáveis. Sambar de calça justa ou salto gigante (ainda mais para iniciantes) não é o ideal. Prefira roupas leves e tênis ou sandálias baixas para que os pés possam deslizar. Se estiver em um ambiente descontraído, pode até ir descalço — ninguém vai reparar, só não vale tropeçar no tapete!
Lembre-se: no samba, errar faz parte do aprendizado — e, cá entre nós, às vezes até os passistas mais experientes dão aquela tropeçadinha marota. O que importa é se divertir, sentir a música e deixar o corpo se expressar. Treine com frequência, desafie os amigos e, acima de tudo, aproveite para mergulhar na cultura brasileira de ponta a ponta.
Depois de praticar os passos básicos, sinta-se à vontade para ousar. O samba é sobre improviso, alegria e, claro, muita música boa. E já que música nunca é demais, fica a dica: no Soundz (https://soundz.com.br), você encontra milhares de faixas de samba para treinar, criar aquela playlist personalizada e ainda mergulhar num universo de informações e curiosidades na revista digital da plataforma. Vem pro samba, vem pro Soundz: aqui, a dança nunca para!
