Música

Os maiores clássicos do Rap Nacional de todos os tempos

Você já sentiu aquele arrepio na espinha quando escuta uma batida pesada seguida de uma letra que te diz mais do que qualquer conversa? Se sim, bem-vindo ao universo do rap nacional, onde poesia, protesto e paixão se misturam para criar verdadeiros hinos da cultura brasileira. O rap, muito mais do que um gênero musical, é uma voz ativa nas ruas, nos fones de ouvido e, claro, nas redes sociais. Ao longo das últimas décadas, vários clássicos marcaram gerações, transformaram vidas e continuam ecoando nas playlists de quem não dispensa um bom som. Preparado para embarcar nessa viagem pelos maiores clássicos do rap nacional de todos os tempos? Então aumenta o volume e vem com a gente!

Tudo começou lá pelos anos 80, quando as batidas importadas dos EUA chegaram ao Brasil e foram rapidamente adaptadas ao nosso jeitinho. Mas foi nos anos 90 que o rap nacional ganhou identidade própria, criando letras que falavam diretamente com a realidade das periferias e conquistando espaço na grande mídia. Uma das pedras fundamentais dessa revolução foi o Racionais MC’s, grupo que dispensa apresentações. O álbum “Sobrevivendo no Inferno”, lançado em 1997, é considerado até hoje uma bíblia do rap nacional. Canções como “Diário de um Detento” e “Capítulo 4, Versículo 3” não só marcaram época como se tornaram trilha sonora de movimentos sociais e símbolo de resistência. “Homem na Estrada” e “Vida Loka (Parte 1 e 2)” também não ficam atrás, trazendo reflexões profundas sobre desigualdade, violência e esperança.

Mas é claro que o universo do rap brasileiro é muito mais vasto. Sabotage, o Maestro do Canão, eternizou-se como um dos maiores nomes do gênero. Seu disco “Rap é Compromisso”, de 2001, não só revelou o talento do rapper paulistano como influenciou uma geração inteira de MC’s. A faixa-título e músicas como “Um Bom Lugar” são verdadeiros hinos. Sabotage conseguiu misturar crítica social, gírias do cotidiano e uma musicalidade autêntica, se tornando referência até hoje, mesmo após sua partida precoce em 2003.

Outro nome obrigatório é Marcelo D2, que inovou ao fundir o rap com o samba, criando um estilo próprio que agradou até os mais puristas. Com o Planet Hemp, músicas como “Mantenha o Respeito” e “Legalize Já” desafiaram o sistema e colocaram o rap no centro do debate sobre a legalização da maconha e liberdade de expressão. Já em carreira solo, D2 consolidou sucessos como “Desabafo” e “Qual É?”, mostrando que o rap pode sim ser dançante, divertido e cheio de conteúdo.

Falando em conteúdo de peso, Emicida não poderia faltar na nossa lista. O rapper paulistano começou a carreira nas batalhas de freestyle e conquistou o Brasil com sua lírica afiada. “Triunfo” foi um marco para o rap independente nos anos 2000, enquanto “Levanta e Anda” e “Hoje Cedo” trouxeram participações de peso e letras que falam sobre superação e resistência. Emicida também fez história ao se apresentar no festival Coachella, nos EUA, e seu álbum “AmarElo” (2019) foi aclamado internacionalmente, elevando o nome do rap nacional para outro patamar.

Não dá pra falar de clássicos sem citar os irmãos Fugees brasileiros: Criolo, que começou rimando no Grajaú e hoje é celebrado como um dos maiores poetas urbanos do país. Seu álbum “Nó na Orelha” (2011) trouxe hits como “Não Existe Amor em SP” e “Duas de Cinco”, misturando rap, samba e até reggae. Criolo é daqueles artistas que conseguem te fazer dançar e pensar ao mesmo tempo – quase uma aula de cidadania rimada.

O rap feminino também merece destaque, puxando o bonde com nomes como Dina Di, Negra Li e Karol Conká. Dina Di, rainha do rap, fundou o grupo Visão de Rua e deixou clássicos como “Mente Engatilhada” e “Confidências de uma Presidiária”. Negra Li, em parceria com RZO, lançou “Guerreiro, Guerreira” e “Apague o Feijão”, mostrando que lugar de mulher é onde ela quiser – inclusive no topo do rap. Já Karol Conká, com “Tombei” e “É o Poder”, mostrou que representatividade e autoestima andam de mãos dadas com rimas afiadas.

Mais recentemente, nomes como Djonga, BK’ e Froid têm mantido o legado do rap nacional vivo e pulsante, explorando novas sonoridades e temas sociais urgentes. Djonga, por exemplo, explodiu com álbuns como “Heresia” (2017) e “Ladrão” (2019), trazendo à tona discussões sobre racismo, periferia e empoderamento negro. BK’, com “Castelos & Ruínas” (2016), conquistou fãs pela honestidade crua de suas letras, enquanto Froid inova com sua lírica introspectiva e beats futuristas.

Se você chegou até aqui, já percebeu que os maiores clássicos do rap nacional são, na verdade, um verdadeiro patrimônio cultural brasileiro. Cada música, cada disco, cada verso conta um pouco da nossa própria história, sempre com muita atitude e criatividade. E o melhor: todos esses clássicos (e muitos outros) estão à sua disposição para ouvir, criar playlists e descobrir novos talentos na Soundz (https://soundz.com.br), a plataforma de streaming de música grátis, onde você também encontra uma revista digital completíssima com conteúdos variados. Então, bora dar o play e celebrar juntos o melhor do rap nacional? No Soundz, a trilha sonora é você quem faz!

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