Os Bastidores Das Músicas Canceladas

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Você já parou pra pensar naquelas músicas que sumiram do mapa, como se tivessem sido abduzidas por alienígenas do bom senso? Sim, estamos falando das músicas canceladas! Aquelas que, por um motivo ou outro, foram retiradas de plataformas, banidas de rádios ou viraram aquele assunto proibido no churrasco. Mas o que realmente faz uma música ser “cancelada”? Hoje, vamos explorar os bastidores dessa história cheia de polêmicas, reviravoltas e, claro, muita fofoca dos bastidores da indústria musical.

Nas últimas décadas, especialmente com a ascensão das redes sociais, a cultura do cancelamento se tornou tão onipresente quanto aquela playlist de hits dos anos 2000 que teima em não morrer. Não foram poucos os artistas, bandas e até produtores que tiveram que lidar com a onda de protestos, boicotes e pedidos de remoção de músicas após algum escândalo ou polêmica. Mas, pra começo de conversa, vale lembrar que nem toda música cancelada é realmente ruim – às vezes, ela só estava no lugar errado, na hora errada, ou com a letra errada.

Um exemplo clássico é “Blurred Lines”, de Robin Thicke, lançada em 2013. No início, era o hit do verão – todo mundo dançava, tocava em todo lugar, parecia que ia ficar na história como aquele som chiclete impossível de esquecer. Mas aí começaram as críticas: a letra da música foi acusada de fazer apologia ao consentimento duvidoso, e o videoclipe, com mulheres nuas dançando, só colocou mais lenha na fogueira. O resultado? A música foi banida de várias universidades do Reino Unido e, em 2018, após uma longa batalha judicial, Thicke e Pharrell Williams foram condenados a pagar US$ 5 milhões por plágio, reforçando a aura de música “amaldiçoada”.

Se você acha que esse fenômeno é recente, basta lembrar do clássico “Brown Sugar”, dos Rolling Stones, lançado em 1971. A letra, que falava sobre escravidão e sexualidade, sempre gerou controvérsias, mas foi só recentemente, em 2021, que os próprios Stones resolveram tirar a música do setlist dos shows. Mick Jagger explicou que não queria mais lidar com as críticas e a pressão do público moderno. A canção virou um exemplo de como músicas antigas podem “envelhecer” mal frente às novas sensibilidades sociais.

Outro caso emblemático é o de Michael Jackson. Após as polêmicas renovadas sobre acusações de abuso sexual em 2019, várias rádios do Canadá, Nova Zelândia e até da BBC anunciaram a remoção das músicas do Rei do Pop de suas programações. Plataformas como Spotify e Apple Music não chegaram a banir as músicas, mas houve uma drástica queda nas execuções de faixas como “Billie Jean” e “Thriller”. O debate ficou intenso: é possível separar o artista da obra? O público ficou dividido, e o cancelamento, nesse caso, foi parcial – mas o impacto foi inegável.

No Brasil, também não faltam exemplos. Em 2017, MC Diguinho lançou “Surubinha de Leve”, que viralizou rapidamente. No entanto, a letra fazia apologia ao estupro, o que gerou revolta nas redes sociais. O resultado foi a remoção da música do Spotify, Deezer, Apple Music e até do YouTube, além de um pedido público de desculpas do artista. O episódio escancarou a responsabilidade das plataformas e dos fãs em combater conteúdos ofensivos e mostrou como o cancelamento pode ser rápido e implacável.

Mas nem sempre a culpa é só da letra. Em 2022, Kanye West (Ye) viu músicas de seu catálogo sumirem temporariamente de plataformas após declarações antissemitas e polêmicas públicas. Embora boa parte das faixas tenha voltado após o “racha” com gravadoras ser resolvido, ficou claro como o comportamento dos artistas fora do palco pode impactar diretamente o acesso e a circulação de suas obras.

O que todos esses exemplos têm em comum? A música, além de entretenimento, reflete (e, às vezes, desafia) os valores da sociedade. Quando ela esbarra em temas sensíveis, polêmicos ou ofensivos, a resposta pode ser tão viral quanto um refrão grudento. Com o poder das redes sociais, o tribunal da internet julga em tempo real, e a pressão faz gigantes da indústria repensarem decisões rapidinho, seja pra evitar boicotes ou pra proteger suas imagens.

Por outro lado, há quem diga que músicas canceladas só ganham mais fama ainda, alimentando a curiosidade do público. Afinal, quem nunca quis ouvir aquela música proibida, só pra saber do que tanto falam? O segredo é sempre manter o respeito e o bom senso – afinal, a playlist da vida é longa e sempre cabe espaço pra aprender, evoluir e, claro, curtir novos sons.

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