Os artistas da MPB que mais se destacaram em festivais de música

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A música popular brasileira, carinhosamente apelidada de MPB, é uma verdadeira usina de talentos que atravessa gerações, estilos e fronteiras. Mas se há um palco onde esses artistas realmente brilham, é nos festivais de música. Desde os emblemáticos festivais da TV nos anos 1960 até as celebrações modernas, os festivais sempre foram um termômetro — e um holofote — para o que há de mais inovador, contestador e, claro, emocionante na nossa música. Se você pensa que festival de música é só multidão pulando, está na hora de conhecer as histórias e os artistas que transformaram esses eventos em capítulos fundamentais da cultura brasileira. Prepare-se para um passeio recheado de curiosidades, feitos históricos e aquele calorzinho no peito que só a música boa provoca.

Quando falamos em festivais, impossível não lembrar dos Festivais da Canção, transmitidos pela TV Record e pela TV Globo nos anos 1960 e 1970. Foi ali que figuras como Elis Regina, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Geraldo Vandré e Edu Lobo ganharam projeção nacional. Elis Regina, para muitos a maior voz do Brasil, explodiu com a interpretação de “Arrastão” (Edu Lobo e Vinicius de Moraes) no Festival da Record de 1965. Sua presença de palco era tão intensa que dizem que até quem estava em casa sentiu a energia atravessar a tela da TV preto e branco.

Chico Buarque, por sua vez, consolidou-se como compositor e intérprete talentoso ao vencer em 1966 com “A Banda”, levando multidões a cantar a plenos pulmões uma letra tão simples quanto genial. Já Gilberto Gil e Caetano Veloso não apenas surpreenderam com suas músicas, como também transformaram os festivais em trincheiras culturais e políticas. Gil apresentou “Domingo no Parque”, enquanto Caetano, com “Alegria, Alegria”, chocou e encantou ao misturar guitarra elétrica à MPB, o que virou marco do movimento tropicalista. Quem esteve ali, presenciou história sendo feita — e quem não esteve sente até hoje o impacto dessas ousadias.

Geraldo Vandré é outro nome eterno. Sua interpretação de “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores” (ou “Caminhando”) no Festival Internacional da Canção de 1968 tornou-se hino de resistência durante a ditadura militar. Mesmo com a censura e a repressão, a canção ecoou nas ruas e permanece atual até hoje. Outro grande destaque foi Edu Lobo, que, ao lado de Elis, trouxe sofisticação à música brasileira com suas composições marcantes.

Mas não pense que os festivais pararam nos anos dourados da MPB. Nos anos 1980, nomes como Milton Nascimento, Ivan Lins e Fagner também deixaram sua marca em festivais de música, renovando o cenário e mostrando que a MPB estava longe de perder a força. Milton, por exemplo, já era conhecido por seu talento quando foi ovacionado no Festival Internacional da Canção, consolidando parcerias e ampliando seu alcance para além das Minas Gerais.

Nos anos 2000 e 2010, festivais como o Prêmio da Música Brasileira, Festival de Música da Educadora FM e FEMUCIC (Festival de Música Cidade Canção) continuam revelando e consagrando nomes, mostrando que a MPB está sempre de portas abertas para novos talentos. Artistas como Vanessa da Mata, Maria Gadú, Marcelo Jeneci e Céu passaram por esses eventos, mostrando que tradição e inovação podem caminhar lado a lado.

Vale lembrar que esses festivais não são apenas vitrine para os artistas: são também um espelho do Brasil, com toda sua diversidade, criatividade e, claro, paixão por música. Seja no calor dos anos 1960 ou na vibe moderna dos streamings, os festivais seguem sendo palco de encontros, descobertas e momentos inesquecíveis.

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