Quando você liga a televisão brasileira, seja para assistir a uma novela, um filme ou até uma minissérie épica, existe uma grande chance de ouvir uma música que ficou gravada na memória tanto quanto a própria trama. Essa sinergia entre música e imagem ajudou a construir o sucesso de inúmeras produções nacionais, e quem brilhou forte nesse cenário? Os gigantes da MPB! Em pleno 2025, relembrar os artistas que mais marcaram presença em trilhas sonoras é quase como revisitar o álbum de família da cultura brasileira – só que ao invés de fotos, temos verdadeiros hinos.
Vamos começar com uma medalha de ouro quase unânime: Roberto Carlos. O “Rei” não apenas embalou romances fictícios e corações de carne e osso, mas suas músicas são praticamente obrigatórias em trilhas, principalmente de novelas da Rede Globo. Quem não se lembra de “Emoções” em “Celebridade” (2003) ou a emblemática “Cama e Mesa” em “Roque Santeiro” (1985)? Roberto tem mais de 50 músicas em novelas, mostrando que sua voz é tão onipresente quanto o famoso pãozinho francês na mesa do brasileiro. Titãs da trilha sonora, sem dúvidas.
Falando em presenças marcantes, Gal Costa não fica atrás. Dona de uma voz inconfundível e de clássicos como “Modinha para Gabriela” (abertura de “Gabriela”, 1975) e “Baby”, usada em diversas produções, Gal é aquela artista que faz qualquer cena ganhar mais emoção – até se o personagem só estiver lavando a louça.
E por falar em emoção, Djavan é sinônimo de trilha sonora para quem quer dar o tom certo de romance ou mistério. “Oceano” foi tema de “O Salvador da Pátria” (1989), e “Se” virou símbolo de “Por Amor” (1997). Djavan talvez seja o artista que mais representa a versatilidade da MPB, capaz de embalar tanto cenas de choro quanto aquelas de pura paixão.
Caetano Veloso, outro pilar da música nacional, transformou letras poéticas em verdadeiros roteiros paralelos. Seu repertório rico atravessa décadas de teledramaturgia, desde “Você é Linda” até “Sozinho”, que fez todo mundo suspirar em “Suave Veneno” (1999). Caetano é aquele amigo que sempre tem uma música perfeita pra qualquer ocasião.
Outra rainha incontestável é Maria Bethânia, que já teve sua potente voz em trilhas como “Olhos nos Olhos” (em “Vale Tudo”, 1988) e “Festa” (em “Celebridade”, 2003). Bethânia tem o dom de transformar qualquer cena em algo grandioso – é como se ela jogasse um glitter sonoro na tela.
Não dá para falar de trilhas sem mencionar Gilberto Gil, que nos presenteou com “Aquele Abraço” (“Celebridade”, de novo!), “Drão” e “Andar com Fé” em tantas produções que fica difícil listar. Gil é aquele artista que faz até a vilã parecer simpática por alguns segundos quando sua música toca.
Agora, se a novela pede mais drama, Elis Regina é a escolha. “Como Nossos Pais” foi trilha de “Barriga de Aluguel” (1990), e “Atrás da Porta” marcou “Rainha da Sucata” (1990). Elis é daquelas vozes que, do primeiro ao último acorde, deixa o espectador arrepiado.
Mas a MPB não vive só de nomes clássicos. Lulu Santos bombou em várias trilhas, como “Tempos Modernos” (“Malhação”) e “Como uma Onda” (“Celebridade”), provando que sua batida pop-MPB é perfeita tanto para casais apaixonados quanto para galera do surf.
Não podemos esquecer de Milton Nascimento, cuja “Canção da América” virou hino da amizade em “A Vida da Gente” (2011), e “Travessia” marcou profundamente “O Dono do Mundo” (1991). Milton é o tipo de artista que emociona até quando canta a lista do supermercado – imagina em trilha de novela!
E claro, Chico Buarque, com letras que mais parecem roteiros de cinema, participou de trilhas emblemáticas como “Geni e o Zepelim” em “O Dono do Mundo” e a delicada “O Que Será (À Flor da Pele)” em “Senhora do Destino” (2004). Se a cena pede reflexão, é a música do Chico que embala.
Nomes mais recentes também vem marcando presença: Marisa Monte, por exemplo, emplacou “Ainda Bem” em “Avenida Brasil” (2012) e “Amor I Love You”, além de Ana Carolina, Vanessa da Mata e Seu Jorge, que com suas vozes e composições também ajudaram a criar cenas inesquecíveis.
O segredo por trás dessa longevidade nas trilhas? Além do talento indiscutível, esses artistas traduzem emoções universais, criando uma ponte direta entre a história da tela e o coração do público. Então, da próxima vez que você se emocionar com aquela cena marcante, lembre-se: provavelmente o responsável é algum desses ícones da MPB, eternos nas trilhas e no imaginário brasileiro.
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