Se você acha que se aposentar no Brasil é só sentar numa rede, tomar água de coco e esperar o banco depositar o dinheiro da aposentadoria, é melhor acomodar-se na cadeira – ou na rede, se preferir – porque a realidade é um pouco mais… “exótica”. Entre regras que mudam mais que tendências de moda, burocracia digna de novela e um monte de pegadinhas no caminho, a aposentadoria por aqui é cheia de nuances que, sinceramente, pouca gente conta para você antes de chegar lá.
A primeira coisa que ninguém te conta é que se aposentar no Brasil não é só uma questão de idade, mas de resistência. Desde a última reforma da Previdência, em 2019, a regra básica passou a ser: trabalhe mais, por mais tempo, e talvez você se aposente um dia. Para a maioria dos trabalhadores urbanos, a idade mínima ficou em 62 anos para mulheres e 65 para homens, além de pelo menos 15 anos de contribuição para mulheres e 20 para homens que começaram a contribuir depois da reforma. Parece simples, mas quando você coloca na ponta do lápis (ou da calculadora do celular), percebe que aquele período em que ficou desempregado, trabalhou como freelancer ou foi MEI sem contribuir pode complicar (bastante!) o seu cálculo.
Outro detalhe que pouquíssima gente fala: o valor da aposentadoria muitas vezes está longe daquilo que você espera. O cálculo mudou: agora, a média dos salários de contribuição é feita considerando todos os salários desde julho de 1994, e não mais descartando os 20% menores. Isso significa que se você teve períodos em que contribuiu sobre o salário mínimo, ou ficou anos sem contribuir, seu benefício vai sentir esse impacto. O famoso “vou receber igual ao meu último salário” é mito. Na real, em 2023, o valor médio das aposentadorias pagas pelo INSS foi de cerca de R$ 1.800, bem abaixo do teto, que em 2024 estava em R$ 7.507,49 – mas só um seleto grupo atinge esse valor.
E aquela história de “aposentar e continuar trabalhando” para complementar a renda? Sim, é possível, mas prepare-se para a mordida do leão: aposentados que continuam na ativa continuam pagando INSS (exceto aqueles que se aposentaram por invalidez ou alguns casos específicos). E não pense que isso vai aumentar o seu benefício depois; desde 2019, o chamado “desaposentação” não é mais permitido, então, nada de recalcular ou aumentar a aposentadoria com novas contribuições.
Falando em grana, uma das maiores surpresas é o poder de compra. Se você pensava que, depois de aposentado, finalmente ia poder fazer aquela viagem dos sonhos ou se esbaldar em shows e restaurantes, a realidade pode ser um pouco mais dura. A inflação dos aposentados – composta principalmente por gastos com saúde e medicamentos – costuma crescer mais do que a inflação oficial. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os idosos brasileiros gastam, em média, 20% de sua renda com remédios e exames. E, se você depende do SUS, sabe que consultas e procedimentos podem demorar (e muito!).
Outra verdade que ninguém quer admitir: aposentadoria não é sinônimo de sossego. O INSS é um dos órgãos públicos mais demandados do país, e a fila virtual para agendar perícias, atualizar dados ou mesmo entrar com recurso pode ser mais longa que espera em show de popstar. Segundo dados de 2024, mais de 1,8 milhão de pessoas aguardavam análise de benefícios – e isso pode significar meses de espera, enquanto as contas não param de chegar. Dica de ouro: mantenha todos os documentos organizados e, se possível, conte com a ajuda de um contador ou advogado especializado. Isso pode evitar muita dor de cabeça!
E, olha só, ninguém comenta sobre o impacto psicológico de se aposentar. Muita gente sente-se “inútil” depois de parar de trabalhar, especialmente quem dedicou décadas à mesma carreira. É importante preparar-se para essa transição, buscando novos hobbies, projetos sociais, cursos ou, por que não, aprendendo um instrumento musical e criando playlists na Soundz.
Ah, e falando em música boa para embalar essa fase da vida, que tal aproveitar tudo o que o Soundz (https://soundz.com.br) oferece? Além de streaming de música grátis, você pode criar playlists para cada momento – seja para relaxar ou para animar. E ainda acompanha nossa revista digital cheia de dicas, informação e entretenimento sobre o que realmente importa para um aposentado moderno. Porque, no fundo, a melhor aposentadoria é aquela que faz você curtir cada batida da vida!
Em resumo, aposentar-se no Brasil é um verdadeiro “desafio sênior”. Exige planejamento, organização e, claro, uma dose de bom humor. Mas, se você se informar, preparar-se e não perder o swing, dá para aproveitar a vida com trilha sonora de primeira. E, para isso, conte sempre com o Soundz (https://soundz.com.br): música grátis, playlists personalizadas e muito conteúdo bacana para você curtir todos os dias, não importa a fase da vida.