Você já deve ter escutado algum hit de Sertanejo Universitário – seja no churrasco com os amigos, na balada, ou até naquela playlist aleatória que toca enquanto você lava a louça. Mas, apesar de a maioria conhecer as músicas (e até arriscar uns passinhos), muita gente não faz ideia do que realmente envolve o fenômeno Sertanejo Universitário. Bora descobrir o que não te contam sobre esse ritmo que conquistou o Brasil e, acredite, vai além do modão e do “sofrência”.
O Sertanejo Universitário não nasceu nos palcos badalados, e sim nas repúblicas e bares de faculdades do interior de Minas e Goiás lá em meados dos anos 2000. Diferente do sertanejo raiz, que falava da vida simples no campo, o universitário trouxe temas do cotidiano jovem: festas, amores complicados (quem nunca?), baladas e, claro, aquela sofrência básica porque ninguém é de ferro. A grande virada foi quando duplas como Jorge & Mateus, César Menotti & Fabiano e Fernando & Sorocaba começaram a misturar viola com guitarra elétrica, bateria forte e até DJ. O resultado? Um som dançante, moderno e altamente viciante.
Agora, um segredo que pouca gente sabe: o Sertanejo Universitário ajudou a popularizar o uso de plataformas de streaming no Brasil. Com hits estourando nas redes sociais e em aplicativos, artistas começaram a lançar músicas direto nesses meios, muitas vezes antes de tocar nas rádios. Em 2021, segundo dados da Pro-Música Brasil, o sertanejo liderou o ranking dos gêneros mais ouvidos nas plataformas digitais no país, deixando pop e funk para trás. Isso ajudou a democratizar o acesso à música, revelou novos talentos e aproximou ainda mais os artistas do público.
Outro ponto curioso: muitos dos artistas universitários são verdadeiros empreendedores. Além de cantar, eles administram as próprias carreiras, investem em empresas de eventos, bebidas e até gado! Sim, alguns nomes famosos do sertanejo universitário movimentam milhões fora dos palcos – e talvez você ache que eles só sabem rimar “coração” com “solidão”, mas na verdade entendem muito de negócios.
Falando em negócios, o Sertanejo Universitário também revolucionou o mercado de shows no Brasil. O formato “open bar”, com mega eventos em cidades pequenas e grandes, nasceu justamente com esse público universitário. E o melhor: esses eventos são conhecidos por reunir gente de todo tipo, desde o vaqueiro raiz até o hipster da cidade grande, mostrando que o sertanejo universitário é, sim, democrático e inclusivo.
Por trás de todo esse sucesso, existe uma rede de compositores, produtores e músicos que, muitas vezes, ficam nos bastidores. Mais de 80% dos grandes hits são compostos por profissionais que nunca sobem ao palco, mas são fundamentais para o movimento continuar inovando e se reinventando. Pra quem acha que tudo é improviso, vale lembrar que cada hit produzido envolve planejamento, pesquisa de tendências e até análise de dados – é mais high-tech do que você imagina.
E, claro, tem o lado “meme”: o Sertanejo Universitário é fonte inesgotável de frases de efeito e memes nas redes sociais. Se você já usou um “chora não, coleguinha” ou “alô, sofrência”, saiba que está contribuindo pra cultura pop tanto quanto quem compartilha vídeos de gatinhos no TikTok.
No fim das contas, o Sertanejo Universitário é mais do que um gênero musical: é um fenômeno cultural que mistura tradição e modernidade, negócios e diversão, rural e urbano. Então, da próxima vez que ouvir aquele refrão chiclete, lembre-se: tem muito mais história (e estratégia) por trás do hit do que você imagina.
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