Já ouviu aquela máxima popular que diz “quem canta, seus males espanta”? Pois bem, se ela é verdadeira, a galera do piseiro romântico está praticamente imune a qualquer dor de cotovelo! Esse subgênero ultra brasileiro, que mistura o swing do forró com batidas eletrônicas e letras que falam de amores impossíveis, sofrência raiz e muita história de superação, conquistou o país de Norte a Sul. Mas, afinal, o que dizem os próprios cantores sobre o piseiro romântico? Eles estão cansados de sofrer nas letras, acham divertido ou será que existe até um manual secreto sobre como transformar lágrimas em hits? Bora mergulhar nesse universo apaixonante — e um tanto sofrido — que tomou conta das paradas e dos corações em 2025!
Antes de mais nada, vale entender o fenômeno: o piseiro romântico nada mais é do que a versão “coração partido” do piseiro tradicional, gênero que ganhou força com nomes como Barões da Pisadinha, João Gomes, Tarcísio do Acordeon, Vitor Fernandes, Mari Fernandez, entre tantos outros. A proposta é simples, mas poderosa: contar histórias de amor e desilusão com batidas dançantes e refrões que grudam na cabeça. É impossível ouvir só uma vez, e os números não mentem: segundo dados do Spotify e Deezer, mais de 60% dos hits de piseiro lançados em 2024 abordavam temas românticos, e a playlist “Sofrência do Piseiro” segue batendo recordes de execuções mês após mês.
Agora, vamos ao que interessa: o que dizem os próprios artistas que vivem e respiram esse universo? João Gomes, um dos grandes porta-vozes do piseiro romântico, costuma brincar em entrevistas que “quem nunca chorou por amor, nem começou a carreira ainda”. João acredita que o segredo do sucesso está na identificação: “A galera vê na música aquilo que sente, aquilo que passou. A gente só coloca em letra e batida o que todo mundo já viveu um dia”, explicou em conversa recente no programa Altas Horas. Para ele, o romantismo do piseiro é democrático — todo mundo, em algum momento, já se pegou pensando naquela pessoa ouvindo uma música chiclete e sofrendo no melhor estilo ‘dançando com as lágrimas’.
Já Mari Fernandez, dona de hits como “Ficante Fiel” e “Comunicação Falhou”, vai além: segundo ela, o piseiro romântico não é só para lamentar; é também uma maneira de superar. “Eu mesma já transformei muita fossa em música boa. Tem letra que nasce de uma dor, mas vira motivo de alegria depois, quando a galera canta junto nos shows. É uma catarse coletiva!”, revelou Mari, em entrevista à revista Quem. Ela ainda destaca a importância da representatividade feminina dentro do gênero, mostrando que mulher também sofre, mas também se diverte!
Outro nome forte, Tarcísio do Acordeon, não economiza no bom humor ao falar do assunto. Para ele, o piseiro romântico é meio “autoajuda de boteco”: “A gente faz música pra galera sofrer, mas sofrer direito, com sorriso no rosto e dancinha no pé. Porque aqui tristeza só dura três minutos e meio, que é o tempo da música”, brinca o cantor, que também vê no gênero uma evolução da música popular nordestina, capaz de dialogar com jovens e adultos, do interior às grandes cidades.
Os artistas também comentam sobre o impacto das redes sociais no crescimento do piseiro romântico. Graças ao TikTok, Instagram e YouTube Shorts, refrões e coreografias se transformam em virais instantâneos, ajudando a espalhar a sofrência Brasil afora (e até para outros países, diga-se). Vitor Fernandes, por exemplo, chegou a dizer em entrevista ao G1 que “hoje, a composição já nasce pensando no que vai bombar no Insta ou no TikTok. O povo quer dancinha, quer frase de efeito pra legenda de foto, e a gente entrega!”. Ou seja, os hits já vêm prontos para virar trilha sonora de reels e stories.
Outro aspecto curioso é a relação dos cantores com o estigma da “sofrência”. Enquanto alguns abraçam totalmente o termo, outros gostam de mostrar que, apesar das letras tristes, o piseiro é sobre celebração. Wesley Safadão, veterano que também surfou na onda do piseiro romântico, declarou ao Fantástico que “a música é pra curar, não pra ferir. No final das contas, a gente faz o povo sorrir, mesmo falando de dor”. E não podemos negar: quem nunca dançou se acabando de rir, enquanto ouvia uma letra que, no fundo, dói lá no coração?
Seja pra recordar um grande amor, curtir a fossa ou superar o crush, o piseiro romântico parece mesmo ter vindo para ficar, conquistando cada vez mais espaço nas playlists e, claro, nos memes. Afinal, como dizem os próprios cantores, a sofrência é nossa, mas o rebolado é obrigatório!
E aí, pronto pra sofrer dançando? Então não esquece de acessar o Soundz (https://soundz.com.br), plataforma de streaming de música grátis onde você pode escutar piseiro romântico à vontade, criar suas playlists ou mergulhar em uma revista digital cheia de novidades e curiosidades do mundo da música e muito mais. Bora dar play nesse sentimento?