Imagine entrar em uma loja e perceber que, mesmo sem querer, seus pés seguem o ritmo da música ambiente. Você se sente mais animado, tranquilo ou até nostálgico, dependendo da trilha sonora. Pois saiba: isso não é coincidência. A música tem um poder quase mágico de influenciar a forma como compramos, e não é só papo de vendedor ou teoria da conspiração do rádio. Vários estudos científicos comprovam que sons estratégicos podem mudar nosso humor, alterar percepções e até abrir a carteira um pouquinho mais (quem nunca caiu nessa cilada sonora?).
Vamos aos fatos: uma pesquisa clássica publicada no Journal of Consumer Research revelou que, quando uma loja toca músicas mais lentas, os clientes tendem a andar mais devagar pelos corredores – e, adivinha? Acabam gastando mais tempo e dinheiro por lá. Já trilhas sonoras agitadas aceleram os passos, fazendo com que a passagem seja mais rápida, perfeita para lojas de conveniência ou locais que priorizam o fluxo rápido de clientes. Ou seja: o DJ da loja pode ser mais eficiente que o vendedor mais simpático.
E não para por aí. O gênero musical também conta (e muito!). Uma pesquisa famosa da Wine & Spirit Education Trust mostrou que, ao som de música clássica, consumidores tendem a optar por vinhos mais caros, enquanto músicas francesas aumentam a venda de vinhos daquele país. Já pensou? A próxima vez que tocar aquele acorde francês no supermercado, seu bolso que se cuide.
Além do ritmo e do gênero, o volume desempenha papel fundamental. Em 2022, um estudo publicado no Journal of the Academy of Marketing Science demonstrou que volumes mais altos em bares e restaurantes incentivam escolhas de bebidas mais calóricas e rápidas, enquanto ambientes com música mais suave promovem escolhas mais conscientes e prolongam a estadia. Por trás disso tudo está o modo como a música mexe com as nossas emoções e estados de espírito – e empresas do mundo inteiro já entenderam o recado.
Na era digital, playlists personalizadas para diferentes ambientes de compra são tendência. Grandes redes de varejo, supermercados e até farmácias investem pesado em curadoria musical, de olho em algoritmos e tendências de comportamento. Segundo um relatório de 2023 da Nielsen, 75% dos consumidores admitiram que a música ambiente influencia sua permanência em estabelecimentos e sua vontade de retornar. Ou seja, não é só impressão: tem ciência por trás desse “truque” sonoro.
E se você acha que só lojas físicas surfam nessa onda, engana-se. E-commerces também utilizam músicas em vídeos de apresentação de produtos e propagandas para criar conexões emocionais e reforçar a identidade da marca. O segredo está em transformar a experiência de compra em algo sensorial, quase sensacional.
No fim das contas, a música é um tempero essencial no caldeirão do consumo moderno. Seja para relaxar, animar ou criar uma atmosfera única, ela faz parte da nossa rotina de compras de maneira quase invisível, mas extremamente eficaz. Então, da próxima vez que você sair da loja com aquela sacolinha extra, lembre-se: talvez o verdadeiro vendedor tenha sido a trilha sonora.
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