O crescimento do trap no Rap Nacional

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Quando o assunto é evolução musical, o Rap Nacional não conhece limites — e, nos últimos anos, quem tomou o volante dessa transformação foi o trap. Se em algum momento você acreditou que o cenário estava saturado de batidas tradicionais, rimas ácidas e protestos clássicos, pode começar a repensar: o trap chegou com tudo, misturando elementos do rap, do hip hop, do funk e até do pop, trazendo beats pesados, flows inovadores e, claro, aquela estética que faz a galera pirar tanto nas pistas quanto nas timelines.

Mas antes de mais nada: o que, afinal, é trap? O subgênero nasceu lá nos Estados Unidos, na década de 2000, e carrega no nome a referência a “trap houses”, locais de venda ilegal de drogas, retratando a realidade dura das periferias americanas. Com letras que abordam desde ostentação até críticas sociais, o trap se destacou pelo uso intenso de 808s, hi-hats acelerados e synths atmosféricos. Não demorou para que o ritmo cruzasse fronteiras e, claro, aterrissasse no Brasil, onde encontrou terreno fértil para crescer e se transformar.

Por aqui, o trap começou a ganhar força por volta de 2015, mas foi entre 2017 e 2019 que o negócio explodiu de vez. Plataformas como o YouTube, SoundCloud e, mais recentemente, o TikTok, foram fundamentais para alavancar nomes como Matuê, Djonga, Filipe Ret, Yunk Vino, Tasha & Tracie, Recayd Mob, e, claro, o fenômeno Jovem Dex. Esses artistas começaram a experimentar com sonoridades, misturando referências do rap gringo com batidas brasileiras e produções cada vez mais profissionais. O resultado? Um movimento que não só renovou a cena, mas também abriu portas para milhares de novos talentos.

E se você acha que o trap é só ostentação, carros turbinados, correntes e festas no rooftop, pode desacelerar o beat. A verdade é que, apesar do visual chamativo, o trap nacional também é espaço para debate, resistência e reflexão. Djonga, por exemplo, utiliza o estilo para abordar questões raciais, sociais e políticas. Tasha & Tracie vão além e inserem o feminismo negro na pauta, mostrando que representatividade não é só palavra da moda, mas necessidade urgente.

Não dá pra falar de crescimento sem olhar para números, certo? Segundo relatório da Pro-Música Brasil, o trap já figura entre os gêneros mais ouvidos nas plataformas digitais em 2024, com vários hits nacionais alcançando o topo das playlists do Spotify, Deezer, Apple Music e, claro, do nosso queridinho Soundz. Matuê, por exemplo, bateu recordes históricos com o álbum “Máquina do Tempo” (2020), que ultrapassou a marca de 200 milhões de streams. O mesmo vale para o viral “Verdinha” da Ludmilla, que, apesar de flertar com o funk, trouxe elementos fortes do trap para o mainstream. E vale lembrar: o Brasil é o segundo maior consumidor de música por streaming do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo pesquisa da IFPI de 2023.

Outro fator essencial para o crescimento do trap está na conexão com a moda, a estética e a cultura pop. Grifes como Nike, Adidas e Supreme foram incorporadas nos clipes e nos shows, enquanto parcerias com marcas nacionais ajudaram a consolidar o estilo de vida “trapstar”, despertando interesse da juventude e garantindo aquele engajamento maroto nas redes sociais. As festas de trap, antes restritas a nichos, hoje lotam casas de shows em São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e tantas outras cidades, provando que o movimento é democrático e descentralizado.

O fenômeno também tem grande impacto social. Em comunidades periféricas, o trap representa possibilidade de ascensão e pertencimento. Jovens que antes não encontravam espaço nas vias tradicionais do rap conseguiram, através do trap, criar canais próprios, gravar em casa, e alcançar audiências inimagináveis. O movimento é, portanto, não só musical, mas também tecnológico e social.

E o melhor de tudo: o futuro promete ainda mais! Com a chegada do AI music, colaborações internacionais e a explosão de talentos regionais, o trap vai continuar ditando tendências, seja nas letras, nos beats ou nos memes. Então, se você ainda não adicionou um trapzinho nacional na sua playlist, tá esperando o quê? O hype é real, e o Brasil segue provando que sabe, sim, misturar talento, criatividade e atitude.

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