Músicas Canceladas Por Causas Polêmicas

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Se você acha que só celebridades podem ser canceladas, é porque ainda não conheceu as músicas que já foram banidas, suspensas ou sumariamente silenciadas por motivos polêmicos ao redor do globo. Sim, canções também entram na lista negra, e as razões vão de letras controversas a eventos históricos, passando por mudanças sociais e gafes que ninguém esqueceu. O universo musical é um campo minado de discussões, e como bons exploradores da cultura pop, vamos destrinchar alguns dos casos mais emblemáticos de músicas canceladas por causas polêmicas. Prepare-se para dar play nesse passeio e, talvez, rever a sua playlist depois dessa viagem!

Começamos a jornada lá nos anos 60, quando o rock’n’roll era considerado praticamente uma rebelião adolescente. Um dos primeiros grandes exemplos é “Louie Louie”, da banda The Kingsmen, lançada em 1963. Quer saber a razão do bafafá? A canção foi acusada de ter letras obscenas, levando o FBI a abrir uma investigação de 31 meses! No final, descobriram que as palavras eram quase ininteligíveis e nada tinham de criminosas. Mas o estrago já estava feito: rádios chegaram a proibir a faixa, tornando-a símbolo de rebeldia.

Atravessando o Atlântico, nos deparamos com os Beatles, que não escaparam do cancelamento. Em 1966, John Lennon resolveu dizer que os Beatles eram “mais populares que Jesus”. Resultado: protestos, queima de discos e banimento de suas músicas em várias rádios dos EUA, especialmente no chamado “Cinturão Bíblico”. A frase foi tão polêmica que, até hoje, é citada quando o assunto é celeuma musical.

Avançando algumas décadas, “Cop Killer”, da banda Body Count, liderada pelo rapper Ice-T, causou um verdadeiro terremoto em 1992. A letra, uma crítica pesada à violência policial, foi acusada de incentivar crimes contra policiais. O burburinho envolveu políticos, a polícia e até o então presidente George H. W. Bush! Diante da pressão, a gravadora Warner Bros retirou o álbum das prateleiras, e Ice-T acabou relançando o disco sem a faixa explosiva.

A música “Relax”, do Frankie Goes to Hollywood, também precisou relaxar um pouco… mas fora do ar. Lançada em 1983, foi banida pela BBC assim que perceberam o teor sexual explícito da letra. O mais curioso é que, após a proibição, a faixa disparou nas paradas britânicas, provando que o proibido é, sim, muito mais interessante.

E não pense que o Brasil ficou fora dessa lista! Em 1985, censores proibiram “Podres Poderes”, de Caetano Veloso, nos meios de comunicação oficiais. Motivo? As críticas ácidas à situação política e social do país em plena Nova República. A música acabou sendo símbolo da resistência artística naquele conturbado período.

Nem só de frases polêmicas e críticas sociais vivem os cancelamentos. Às vezes, tudo que precisamos é de uma tragédia para fazer uma música sumir temporariamente das rádios. Após os ataques de 11 de setembro de 2001, a Clear Channel, maior rede de rádios dos EUA, sugeriu que suas estações evitassem músicas consideradas “sensíveis”, tipo “Imagine”, de John Lennon, e “Knockin’ on Heaven’s Door”, de Bob Dylan. O motivo? Letras que poderiam soar desrespeitosas ou doloridas em tempos difíceis.

Mais recentemente, na década de 2010, músicas como “Blurred Lines”, de Robin Thicke, foram retiradas de playlists e até banidas de universidades britânicas. O motivo? Acusações de apologia à cultura do estupro, já que a letra foi interpretada como minimizando o consentimento. O debate foi tão intenso que virou uma espécie de divisor de águas sobre até onde o pop pode ir.

Na batida das redes sociais, “WAP”, de Cardi B e Megan Thee Stallion, foi alvo de campanhas para ser retirada de rádios e plataformas de streaming em 2020. O motivo? O conteúdo sexualmente explícito gerou debates acalorados entre defensores da liberdade de expressão e críticos mais conservadores. O hit, no entanto, fez história ao bater recordes de streaming — um belo exemplo de cancelamento que saiu pela culatra.

Com todos esses exemplos, fica claro: músicas podem ser canceladas, voltar triunfantes, sumir para sempre ou virar trilha sonora de resistência. Os motivos vão dos mais sérios aos mais, digamos, cômicos — mas todos mostram como a cultura pop reflete (e desafia) o espírito do seu tempo. Então, da próxima vez que aquele seu hit favorito sumir do radar, já sabe: pode ser que ele tenha entrado para o clube das músicas canceladas!

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