Músicas Canceladas: O Que Aconteceu Com Os Artistas?

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Você já se pegou ouvindo uma música antiga e, de repente, percebeu que ela simplesmente sumiu das playlists, rádios e festas? Aquela canção que bombava, estava em todo lugar, mas hoje quem lembra dela é visto até com certo estranhamento. Seja por polêmicas, letras consideradas problemáticas ou por mudanças no gosto popular, algumas músicas acabaram “canceladas” e seus artistas, muitas vezes, viram suas carreiras virarem do avesso. Vamos embarcar nessa viagem pelo universo das músicas canceladas e descobrir: o que aconteceu com os artistas por trás desses hits que viraram tabu?

Antes de tudo, precisamos entender o que significa “cancelamento” no universo musical. Não estamos falando só de músicas que caíram no esquecimento – isso seria só a passagem do tempo. Cancelamento envolve uma rejeição pública, geralmente por motivos éticos, comportamentais ou porque a letra da música ofende algum grupo ou valor social. Pense em músicas que são rapidamente retiradas do ar, shows cancelados, contratos rompidos e, claro, os famosos “exposed” nas redes sociais.

Um dos exemplos mais emblemáticos é o de Michael Jackson. Apesar de ser o “rei do pop”, após o documentário “Leaving Neverland”, de 2019, várias rádios e playlists em todo o mundo optaram por retirar músicas do cantor de seu repertório. O cancelamento, porém, não foi absoluto: muitos fãs continuam ouvindo, mas o impacto foi grande – sobretudo em plataformas públicas e no mercado publicitário, com perdas de contratos milionários. Ainda hoje, a discussão sobre separar a obra do artista permanece viva e acalorada.

E quem lembra de Chris Brown? Lá em 2009, após o episódio de violência doméstica contra Rihanna, a carreira do cantor sofreu um abalo sísmico. Diversas músicas foram removidas de rádios, parcerias canceladas e marcas fugiram do seu nome como se fosse spoiler de série. Apesar de ainda lançar músicas e manter um público fiel, sua imagem nunca se recuperou totalmente; sempre que um novo lançamento surge, o histórico polêmico volta à tona.

No Brasil, não faltam exemplos polêmicos. Biel, cantor revelado em 2015, viu sua carreira desmoronar após acusações de assédio sexual e comentários machistas em entrevistas. O resultado? Músicas retiradas de playlists importantes, contratos cancelados e uma espécie de “exílio” midiático. Para tentar dar a volta por cima, Biel participou de realities como “A Fazenda”, mas o estigma do cancelamento acompanha cada passo.

Outro caso nacional recente é o de MC Gui, que perdeu contratos, shows e teve músicas excluídas de rádios após um vídeo polêmico em que zombava de uma criança na Disney viralizar nas redes sociais. O cantor pediu desculpas, mas, em tempos de internet, o Google nunca esquece.

Do lado internacional, não tem como deixar de fora R. Kelly. Acusações gravíssimas de abuso sexual resultaram em campanhas massivas para que suas músicas fossem removidas de plataformas de streaming. O Spotify, por exemplo, deixou de promover suas canções em playlists oficiais em 2018, e, em 2022, após sua condenação, a rejeição só aumentou. R. Kelly praticamente desapareceu das paradas, e até fãs antigos preferem manter distância.

Mas será que cancelamento é sempre definitivo? Depende. Alguns artistas conseguem dar a volta por cima, reinventando-se (às vezes mudando de estilo, nome artístico ou investindo pesado em relações públicas e ações de compensação social). Já outros, mesmo com pedidos de desculpas públicos e tentativas de reconciliação, continuam sendo lembrados pelo motivo do cancelamento em vez da música em si.

E as músicas? Muitas vezes, a exclusão se estende ao próprio repertório: rádios deixam de tocar, plataformas deixam de sugerir, e DJs pensam duas vezes antes de incluir aquele hit polêmico na balada. O resultado é um sumiço gradual da faixa até que, se alguém resolve tocar, já causa aquele climão: “Nossa, você ainda ouve isso?”.

O fenômeno das músicas canceladas mostra que o público está cada vez mais atento ao comportamento dos artistas – e também ao conteúdo das letras. Se antigamente o que valia era o refrão chiclete, hoje a responsabilidade é bem maior. A cultura do cancelamento pode ser questionável em vários aspectos, mas uma coisa é certa: ela veio para ficar e está mudando a forma como consumimos música.

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