Quem nunca se pegou cantarolando um refrão chiclete de algum hit pop nacional? A música pop do Brasil é praticamente nosso segundo idioma, e sua história é tão cheia de reviravoltas quanto uma novela das nove! Se você acha que pop brasileiro é só o que toca nas rádios hoje, prepare-se para uma viagem no tempo (sem precisar de DeLorean) e descubra como nosso pop evoluiu de década em década, sempre com aquele tempero tropical irresistível.
Nos anos 1960, enquanto os Beatles conquistavam o mundo, o Brasil tinha uma cena própria, misturando bossa nova, jovem guarda e MPB. Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa eram os reis e a rainha do iê-iê-iê, trazendo guitarras elétricas e letras sobre amor adolescente. A jovem guarda foi nosso primeiro grande movimento pop, antecipando o culto aos ídolos e as multidões de fãs histéricas – sim, muito antes dos fandoms no Twitter!
Os anos 1970 foram marcados pela mistura: a MPB ganhou força com nomes como Gal Costa, Gilberto Gil e Caetano Veloso, que inovaram ao misturar ritmos regionais, rock e até jazz. O pop da época era sofisticado, mas ainda acessível, com trilhas embalando novelas e programas de TV. Tim Maia trouxe o soul para as massas, transformando sentimentos em sucessos radiofônicos, enquanto Rita Lee já mostrava todo seu potencial como rainha do pop-rock brasileiro.
Chegando nos anos 1980, o pop nacional ganhou cores neon e cabelos exagerados. Era tempo de Blitz, Kid Abelha, Paralamas do Sucesso e RPM. As bandas explodiam na programação da TV, e os videoclipes começavam a virar febre, ajudando a lançar tendências de moda e comportamento. A década também foi marcada pela ascensão das mulheres: Marina Lima, Sandra de Sá e Paula Toller mostraram que lugar de mulher é no topo das paradas!
Os anos 1990 trouxeram uma explosão de estilos. O axé da Bahia, capitaneado por Banda Eva e Daniela Mercury, invadiu o país. O pagode romântico de Só Pra Contrariar e Raça Negra conquistou corações, enquanto o pop-rock manteve sua força com Skank, Jota Quest e Charlie Brown Jr. E, claro, não podemos esquecer do fenômeno Sandy & Junior, que transformou crianças em adolescentes apaixonados e lançou moda com suas coreografias e refrões inesquecíveis.
Nos anos 2000, a internet começou a mudar o jogo. Surgem novas estrelas como Rouge, que arrastou multidões com Ragatanga e abriu caminho para girlbands nacionais. O sertanejo universitário também despontou, tornando-se o novo pop brasileiro com Jorge & Mateus, Luan Santana e Gusttavo Lima. O funk carioca, nascido nos morros, chegou ao mainstream, com MCs como Claudinho & Buchecha e Bonde do Tigrão dominando festas e playlists.
Na década de 2010, a democratização digital fez o pop nacional atingir novos patamares. Anitta explodiu com Show das Poderosas e virou ícone internacional, mostrando que nosso pop pode sim conquistar o mundo. Ludmilla, Pabllo Vittar, IZA e Gloria Groove mostraram que diversidade é força, representando diferentes grupos e estilos em hits que viralizam nas redes sociais e ultrapassam fronteiras. O pop brasileiro nunca foi tão plural, mesclando funk, sertanejo, eletrônico e até influências do k-pop.
Agora, em 2025, o pop nacional continua em transformação. Novos nomes aparecem a todo momento, colaborando entre si e buscando referências em diferentes culturas. O streaming permite que artistas independentes alcancem grandes públicos, e vemos cada vez mais fusões inusitadas: trap com axé, piseiro com pop, brega-funk com eletrônico. Tudo isso faz do pop nacional um fenômeno único, sempre reinventando e refletindo a cara do nosso Brasil – diverso, criativo e cheio de ritmo.
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