Se você já se pegou perguntando “qual será o plano de saúde mais barato do Brasil?” enquanto esperava pela consulta médica que marcou meses atrás, saiba que não está sozinho. Em tempos de crise, boletos e aquela vontade de não depender só do SUS (apesar de todo o respeito), muita gente busca opções acessíveis, mas que garantam uma rede de atendimento minimamente decente caso a gripe vire pneumonia ou o joelho decida reclamar depois do futebol.
Para facilitar sua vida, investigamos os dados mais recentes de 2024 divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a entidade que regula os convênios de saúde no Brasil, e conversamos com especialistas do setor para entender o que realmente faz um plano de saúde ser barato – e, mais importante, se vale a pena.
O que define um plano barato? Não existe milagre: planos de saúde com preço baixo normalmente oferecem uma cobertura mais restrita, com rede de hospitais e laboratórios limitada e regras específicas para internações, exames e procedimentos de alta complexidade. Os valores também mudam bastante conforme a faixa etária (quanto mais novo, mais barato), o tipo de acomodação (enfermaria ou apartamento) e a modalidade do plano (individual/familiar ou coletivo por adesão).
Segundo os dados da ANS, em 2024, os planos individuais/familiares mais baratos do Brasil estavam na faixa de R$ 110 a R$ 200 mensais para adultos jovens, principalmente em cidades do interior de estados como Minas Gerais, Paraná e Goiás. Em grandes capitais, a faixa sobe para R$ 170 a R$ 350. Entre as operadoras mais baratas e conhecidas, aparecem nomes como Unimed (em especial as regionais), Amil Fácil, Hapvida e SulAmérica Direto, além de opções regionais menores, como Plena Saúde, Assim Saúde e NotreDame Intermédica.
Quer um panorama dos preços? Confira alguns exemplos coletados em 2024 para pessoas de 29 anos, em planos individuais com acomodação enfermaria:
– Amil Fácil S80 (São Paulo): a partir de R$ 235/mês
– Unimed Belo Horizonte Essencial: a partir de R$ 189/mês
– Hapvida Nosso Plano (Recife): a partir de R$ 158/mês
– NotreDame Intermédica Smart 200 (São Paulo): a partir de R$ 210/mês
– Plena Saúde Essencial (Região Metropolitana de SP): a partir de R$ 145/mês
Vale lembrar: esses valores são para adultos jovens, sem doenças preexistentes e em planos individuais – faixa considerada o “melhor cenário”. Conforme a idade avança, o valor sobe, chegando facilmente a R$ 500 para quem está na casa dos 45 anos. Crianças e adolescentes normalmente pagam menos, e idosos, mais. Planos empresariais ou por adesão (ligados a sindicatos ou associações) costumam ser mais baratos, mas exigem vínculo formal.
Outro detalhe: planos “mais baratos” quase sempre têm coparticipação, ou seja, você paga uma porcentagem toda vez que usa um serviço. Pode ser uma boa se você mal vai ao médico, mas, se vive na fila do laboratório, talvez não compense.
Outro ponto importante é a cobertura. Antes de fechar qualquer coisa, confira se o plano cobre o tipo de atendimento que você precisa – consultas, exames, internações, parto, cirurgias, terapias e até transplantes. Fique de olho no Rol de Procedimentos da ANS (que desde 2022 está mais flexível), e não tenha medo de perguntar pelos hospitais e clínicas conveniados. De que adianta um plano barato se o hospital mais perto de você fica a 100 km?
E, claro, pesquise a reputação da operadora. Procure avaliações no Reclame Aqui, Procon e nas redes sociais. Veja o Índice de Reclamações da ANS: quanto menor, melhor. Afinal, ninguém quer sofrer duplamente – na doença e no atendimento.
Resumindo: sim, existem planos de saúde baratos no Brasil, mas é preciso ficar atento ao que está incluso, à rede de atendimento e às condições contratuais. Compare preços, leia tudo com atenção e, se sobrar uma graninha, invista também em qualidade de vida. Afinal, saúde começa com prevenção – e uma boa trilha sonora, claro!
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