Se você acha que música eletrônica no Brasil se resume ao carnaval ou às batidas que dominam as festas na praia, prepare-se: o cenário eletrônico nacional vai muito além disso e, de Norte a Sul, DJs brasileiros vêm conquistando pistas, rádios e playlists ao redor do mundo. Se você já ouviu falar em nomes como Alok e Vintage Culture, saiba que essa é só a ponta do iceberg tropical que está revolucionando a cena global com beats cheios de swing, personalidade e muita criatividade.
Vamos começar pelo Sul, berço de alguns dos DJs mais emblemáticos do país. Vintage Culture, também conhecido como Lukas Ruiz, natural de Mundo Novo (Mato Grosso do Sul, mas faz base em Curitiba), é um fenômeno internacional. Em 2024, ele figurou novamente entre os Top 10 do ranking mundial da DJ Mag, consolidando sua posição como um dos maiores expoentes do house music contemporâneo. Suas colaborações com nomes como Tiësto, Sonny Fodera e Goodboys, além dos shows lotados na Europa, mostram que o som brasileiro está cada vez mais universal. Menos conhecido, mas muito respeitado na cena underground, é o duo Elekfantz, também do Sul, que mistura synth pop com deep house e já lançou faixas por labels como a alemã Get Physical.
No Sudeste, impossível não falar de Alok. O goiano radicado em São Paulo virou sinônimo de música eletrônica no Brasil e, em 2024, atingiu a marca de mais de 30 milhões de ouvintes mensais no Spotify, além de ser o artista brasileiro mais tocado na plataforma. Alok transcendeu fronteiras, tornando-se presença garantida em festivais como Tomorrowland Bélgica, Ultra Miami e Lollapalooza, além de emplacar hits nas paradas mundiais, como “Hear Me Now” e “Deep Down”. No mesmo cenário, quem também brilha é o FTampa, que já fez história ao se apresentar no palco principal do Tomorrowland Bélgica, trazendo bass music de Minas Gerais para o mundo. E não podemos esquecer da talentosa DJ Anna, natural de São Paulo, que se tornou referência global do techno, tocando em clubes e festivais lendários como Berghain (Berlim) e Awakenings (Holanda), além de ser presença constante nas listas de melhores DJs femininas do planeta.
Descendo um pouco mais, o Centro-Oeste também revela talentos como Bhaskar, irmão de Alok, que trilha carreira própria com sets enérgicos e batidas envolventes. Seu single “Killed by the City” foi destaque em 2024, mostrando que o DNA musical da família Petrillo realmente pulsa forte. Já a DJ e produtora Illusionize, de Goiânia, mostra que o tech house brasileiro tem identidade própria, com fãs fiéis e colaborações com nomes internacionais.
No Nordeste, terra de ritmos quentes, a música eletrônica também ganha espaço. O pernambucano Maz, por exemplo, se destacou internacionalmente em 2024 após remixar “Banho de Folhas”, da Luedji Luna, em colaboração com Antdot, e viralizar no TikTok, alcançando pistas de Ibiza a Bali. A baiana DJ Mayra, conhecida como Mayra Andrade, é referência em deep house e afro house, além de ser uma das vozes mais ativas em prol da representatividade feminina na cena eletrônica. A cena nordestina ainda conta com festas como OXE, em Salvador, reunindo DJs locais e internacionais, e consolidando a região como um polo de inovação musical.
Chegando ao Norte do país, onde a influência dos ritmos amazônicos se funde à música global, nomes como Felguk – carioca, mas com raízes familiares paraenses – já colaboraram com grandes nomes internacionais como David Guetta e Dimitri Vegas & Like Mike. Vale destacar a DJ Mirtylla, de Manaus, que vem trazendo para as pistas uma mistura de EDM com elementos de carimbó, consolidando o que já pode ser chamado de “tropical bass brasileiro”.
Além dos palcos, esses artistas têm investido em lives, podcasts, masterclasses e engajamento digital para se conectar com fãs do mundo todo. Em 2024, o Brasil consolidou-se como um dos maiores mercados consumidores de música eletrônica, segundo dados da International Music Summit, com um crescimento de 15% no segmento eletrônico e aumento expressivo na exportação de artistas para festivais internacionais. Não é à toa que o público brasileiro é tido como um dos mais calorosos do mundo, e nossos DJs aproveitam essa energia para conquistar ainda mais espaço.
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