Música

Curiosidades Surpreendentes sobre o Live Aid de 1985

Se você acha que 1985 foi só ombreiras, cabelos com laquê e fita VHS, é porque ainda não mergulhou de verdade no universo do Live Aid – o maior show beneficente da história da música. E olha, não é exagero! O evento marcou tanto a cultura pop que quase parece roteiro de filme: artistas lendários, multidões ensandecidas, transmissões intercontinentais. Mas acredite, tem muita coisa curiosa por trás desse espetáculo que talvez até Freddie Mercury ficaria surpreso de saber.

Para começar, o Live Aid foi organizado para arrecadar fundos para combater a fome na Etiópia, que naquela época vivia uma das piores crises humanitárias do planeta. Bob Geldof, músico irlandês e líder da banda Boomtown Rats, foi o cabeça por trás dessa missão quase impossível: juntar as maiores estrelas do pop e rock numa maratona musical transmitida ao vivo do estádio Wembley, em Londres, e do JFK Stadium, na Filadélfia, nos EUA. O objetivo era levantar dinheiro, claro, mas também unir o mundo inteiro numa só sintonia – literalmente.

E uniu mesmo! Para você ter uma ideia do tamanho: cerca de 1,9 bilhão de pessoas assistiram ao Live Aid, em mais de 150 países. Ou seja, quase 40% da população mundial da época estava grudada na TV, imaginando se Mick Jagger ia dançar ainda mais desengonçado que o normal ou se Phil Collins realmente conseguiria tocar em dois continentes no mesmo dia. Sim, essa história é verdadeira! Phil Collins foi o único artista que se apresentou tanto em Londres quanto na Filadélfia em menos de 24 horas. Ele pegou o Concorde (aquele avião supersônico que parecia saído de desenho animado) e atravessou o Atlântico, só pra garantir presença VIP nas duas festas. Haja fôlego e disposição – e um relógio suíço para não perder o horário.

E já que falamos de viagem no tempo (ou quase isso), vale lembrar que o Live Aid praticamente consagrou a performance do Queen como uma das melhores da história. Freddie Mercury, com aquele bigode e aquela energia, hipnotizou Wembley – e o mundo – com um setlist matador, incluindo Bohemian Rhapsody, Radio Ga Ga e We Are the Champions. Até hoje, os vocais do público em uníssono dão arrepios só de assistir no YouTube. Aliás, a apresentação foi tão icônica que, após o show, as vendas dos álbuns do Queen dispararam de novo, provando que rock bom nunca envelhece, só se reinventa.

Mas nem tudo foi glamour e microfones dourados. Sabia que David Bowie e Mick Jagger planejavam cantar juntos, ao vivo, “Dancing in the Street”? O problema é que a tecnologia dos anos 80 não colaborou: o atraso na transmissão via satélite impossibilitou a conexão simultânea. Resultado? Eles gravaram um clipe especial (com direito a passinhos de dança dignos de gif animado), que foi exibido durante o evento. Já Paul McCartney, sempre elegante, teve problemas com o microfone durante “Let it Be” e cantou quase a música inteira sem sair som na TV. Mas, na plateia, todo mundo cantou junto – porque clássico é clássico!

E o que dizer sobre o Led Zeppelin? A banda se reuniu especialmente para o Live Aid, mas enfrentou críticas pesadas depois da apresentação, considerada meio bagunçada por conta da falta de ensaio e problemas técnicos. Mais tarde, os próprios integrantes admitiram que não foi o melhor dos mundos, mas também, quem se importa? O evento era sobre solidariedade, não sobre perfeição musical (embora, sejamos honestos, uns acordes certos ajudam).

Ah, e o dinheiro? O Live Aid arrecadou cerca de 150 milhões de dólares (em valores da época!), uma quantia que hoje equivaleria a centenas de milhões. Esses recursos foram fundamentais para projetos de combate à fome, além de inspirar outras ações beneficentes, como o “Live 8”, em 2005. Mais do que um show, o Live Aid virou símbolo de esperança, mostrando que a música pode, sim, mudar o mundo – nem que seja um solo de guitarra de cada vez.

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