O cenário musical mundial sempre foi marcado por parcerias inusitadas, colaborações de peso e encontros que mudaram completamente o rumo da indústria. Não seria exagero dizer que algumas dessas combinações foram verdadeiros fenômenos, potencializando carreiras, derrubando barreiras de gênero musical e, claro, nos presenteando com hits que grudaram na cabeça mais forte que chiclete em sola de sapato. Bora dar uma olhadinha nas colaborações que realmente fizeram a diferença no universo sonoro?
Começando forte, é impossível não citar o encontro de Michael Jackson e Paul McCartney em “Say Say Say” (1983). Dois gigantes, um do pop e outro do rock, juntos numa faixa que atingiu o topo das paradas em mais de 20 países. Além de se tornarem amigos (pelo menos até a briga pelos direitos das músicas dos Beatles, mas aí já é outra novela), revolucionaram as colaborações entre artistas de estilos diferentes.
Falando em revolução, quem não se lembra do dueto épico entre Queen e David Bowie em “Under Pressure” (1981)? A faixa foi criada quase por acaso, durante uma jam session inesquecível em Montreux, Suíça. O resultado? Uma música que não só conquistou fãs de todas as tribos, mas também foi sampleada por Vanilla Ice em “Ice Ice Baby”, tornando-se uma das linhas de baixo mais reconhecíveis da história.
No Brasil, as parcerias também não ficam atrás. Caetano Veloso e Gilberto Gil, por exemplo, já colaboraram inúmeras vezes, mas um marco foi o álbum “Tropicália ou Panis et Circencis” (1968), reunindo ainda Gal Costa, Os Mutantes, Tom Zé e Nara Leão. Essa união lançou as bases do movimento tropicalista, que misturou rock, samba, baião e psicodelia, transformando para sempre a música brasileira.
Agora, se o papo é sobre misturar ritmos pra valer, temos que falar de Run-D.M.C. & Aerosmith com “Walk This Way” (1986). Não só ressuscitou a carreira dos roqueiros, mas também abriu as portas para a fusão entre rap e rock. O clipe é um clássico, mostrando literalmente o muro entre os dois estilos sendo derrubado. A partir dali, o crossover virou tendência e inspirou parcerias como Linkin Park & Jay-Z e Public Enemy & Anthrax.
No universo pop, Lady Gaga e Beyoncé entregaram tudo com “Telephone” (2010). O clipe, com seus quase 10 minutos, virou mini-filme e reuniu dois dos maiores nomes da música pop do século XXI. O resultado? Um hino dançante, coreografias memoráveis e milhões de views, mostrando o poder de duas divas quando se juntam.
Ainda no pop, Ed Sheeran se tornou o rei das colaborações, mas sua parceria com Justin Bieber em “I Don’t Care” (2019) merece menção especial. Além de liderar as paradas globais, a faixa foi um sucesso absoluto em streams, mostrando a força de duas estrelas em ascensão (e provando que até quem não liga pra pop acaba cantarolando o refrão sem querer).
Voltando ao rap, não dá pra esquecer Jay-Z e Alicia Keys com “Empire State of Mind” (2009). A canção virou um verdadeiro hino não só de Nova York, mas de toda uma geração, com Alicia arrasando no refrão e Jay-Z mostrando porque é um dos maiores nomes do hip-hop.
E o que dizer de Daft Punk e Pharrell Williams em “Get Lucky” (2013)? Uma faixa que reviveu o groove setentista, dominou as pistas de dança e foi praticamente impossível de evitar naquele verão. Detalhe: o single bateu recordes de vendas digitais e serviu para apresentar uma nova geração ao som eletrônico com um toque de nostalgia.
No universo latino, “Despacito”, de Luis Fonsi, Daddy Yankee e Justin Bieber (na versão remix), quebrou todos os recordes possíveis: foi a primeira música em espanhol a liderar a Billboard Hot 100 em mais de 20 anos e virou o vídeo mais assistido do YouTube por um tempo. A fórmula colaborativa funcionou tão bem que até quem não sabe nada de espanhol arrisca cantarolar o refrão!
No pop nacional, Anitta virou referência em colaborações que impulsionam carreiras, mas o feat com J Balvin em “Downtown” (2017) colocou a música brasileira de vez no mapa da música latina mundial. O sucesso da parceria abriu portas para outros artistas brasileiros no mercado internacional e mostrou que o mundo é mesmo um grande baile.
Esses são só alguns exemplos de como parcerias criativas, às vezes improváveis, podem mudar o curso da história da música. Seja unindo diferentes estilos, gerações ou culturas, as colaborações provam que, quando se trata de música, a soma pode ser muito maior que as partes. E aí, qual feat histórico mora de graça na sua playlist?
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