Se você acha que jazz é coisa de vovó ouvindo vitrola, prepare-se para uma viagem que vai mudar sua playlist! O jazz é exatamente como aquele drink sofisticado: parece tradicional, mas uma pitina de ousadia pode transformar tudo. E quem melhor para colocar esse tempero do que as mulheres que desafiaram regras, romperam barreiras e deram novas formas ao jazz? Bem-vindo ao universo das cantoras de jazz que redefiniram o gênero — e transformaram cada nota em história, protesto, paixão e pura inovação.
Vamos começar pelo comecinho, onde as vozes femininas faziam mais do que acompanhar: elas comandavam a cena! Billie Holiday, a Lady Day, é praticamente sinônimo de emoção crua. Ela não apenas interpretou músicas como “Strange Fruit” (1939), mas também desafiou o status quo ao denunciar o racismo em plena era segregacionista dos EUA. Sua voz carregada de sentimentos e improvisos sutis virou referência para gerações e mostrou que o jazz poderia ser uma arma de resistência.
E se Billie era a emoção, Ella Fitzgerald era a técnica. Conhecida como a “Primeira Dama da Canção”, Ella tinha um dom quase sobrenatural para improvisar — o famoso scat singing. Ela venceu nada menos que 14 Grammys ao longo da carreira e seu álbum icônico “Ella Fitzgerald Sings the Cole Porter Song Book” (1956) ainda é considerado um dos melhores de todos os tempos. Quer aprender jazz? Comece por Ella!
Não podemos deixar de lado Nina Simone, que, além de pianista e cantora, foi uma militante dos direitos civis. Com uma voz inconfundível — e uma atitude que misturava força e vulnerabilidade — Nina usou sua música como porta-voz para questões sociais, em canções como “Mississippi Goddam” e “I Wish I Knew How It Would Feel to Be Free”. Ela redefiniu o jazz ao expandi-lo para além das convenções musicais, adicionando blues, soul e até música clássica à mistura.
Sarah Vaughan, a “Sassy”, merece um parágrafo só para ela. Sua extensão vocal era tão incrível que ela podia brincar com as notas como quem escolhe docinhos em uma festa. Sarah ganhou respeito tanto de músicos quanto de críticos, e sua capacidade de fazer do jazz algo complexo, mas ainda acessível, foi fundamental para popularizar o gênero.
E como falar em redefinir sem mencionar Cassandra Wilson? Essa americana, ativa desde os anos 1980, trouxe elementos do folk, country e blues para o jazz, criando um estilo único, profundo e moderno. Seus álbuns, como “Blue Light ’Til Dawn” (1993), impressionam pela originalidade e provaram que o jazz está sempre se renovando.
Norah Jones, que explodiu nos anos 2000 com “Come Away With Me”, é outro exemplo. Seu estilo suave, com pitadas de pop e country, abriu portas para uma geração que talvez nunca tivesse ouvido jazz na adolescência. Norah lembrou ao mundo que o jazz pode ser contemporâneo, jovem e altamente viciante.
E o Brasil? Sim, temos nossa diva! Leny Andrade, referência mundial, misturou bossa nova, jazz e samba, colocando o Brasil no mapa do jazz internacional. Ao longo de mais de 60 anos de carreira, Leny cantou ao lado de feras como Paquito D’Rivera e Quincy Jones, e mostrou que jazz com sotaque brasileiro tem swing e alma de sobra.
Essas mulheres não só mudaram o jazz, mas também provaram que a música é uma linguagem viva e em constante transformação. Graças a elas, hoje podemos ouvir jazz de todos os jeitos, em todos os cantos, com todas as vozes. Então, da próxima vez que der play em um jazz, lembre-se: pode ter certeza de que uma dessas artistas incríveis está soprando inovação nos seus ouvidos.
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