Se existe algo que pulsa no coração musical do Brasil, é a força e a poesia das vozes femininas que eternizaram a MPB. Entre batuques, violões e letras que atravessam gerações, elas não apenas encantaram multidões, mas também moldaram o próprio conceito do que entendemos como Música Popular Brasileira. Prepare-se para uma viagem sonora e histórica – e, claro, segure o fôlego, porque essas vozes são de tirar o chapéu!
Vamos começar do início, literalmente: Elis Regina, a “Pimentinha”, é uma unanimidade quando se fala em vozes marcantes. Com sua interpretação visceral e técnica apurada, Elis fez história ao transformar suas apresentações em verdadeiros espetáculos de emoção. Dos clássicos “Como Nossos Pais” e “Madalena” até o dueto inesquecível com Tom Jobim em “Águas de Março”, ela provou que não existe tempo ruim para boa música. E pensar que ela nos deixou em 1982, mas até hoje suas canções seguem ecoando nos lares brasileiros – e, claro, nas playlists dos apaixonados por MPB.
Falando em força e protagonismo, Gal Costa não pode ficar de fora. Dona de uma voz cristalina capaz de passear por graves e agudos com facilidade impressionante, Gal foi peça-chave no movimento tropicalista ao lado de nomes como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Faixas como “Baby”, “Meu Nome é Gal” e “Chuva de Prata” são apenas uma amostra da sua versatilidade. Gal não apenas emprestou sua voz à história da MPB; ela a escreveu, em letras maiúsculas, até sua despedida no final de 2022.
Se a MPB fosse uma constelação, Maria Bethânia seria uma de suas estrelas mais brilhantes. Com uma voz aveludada e interpretação quase teatral, Bethânia construiu uma carreira sólida por décadas, emocionando plateias com canções como “O Canto de Dona Sinhá” e “Festa”. Ela também é conhecida por valorizar a literatura brasileira ao incorporar poesias em seus discos e shows. Em 2023, Bethânia bateu recordes de público em diversas cidades durante sua turnê comemorativa de 60 anos de carreira – e ainda mostrou fôlego para novos projetos.
A Bahia também nos presenteou com a elegância e autenticidade de Gal Costa, mas não para por aí: Clara Nunes, nascida em Minas Gerais mas apaixonada pelo samba, é um dos maiores símbolos de resistência e afirmação da cultura afro-brasileira. Ela foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil discos com o álbum “O Canto das Três Raças”, em 1976, e até hoje é reverenciada por dar voz a temas ligados à religiosidade e às raízes africanas. Sua interpretação de “O Mar Serenou” é um verdadeiro hino do samba.
Entre as vozes que não aceitaram ser apenas intérpretes, Rita Lee merece um capítulo à parte. Considerada a “Rainha do Rock Brasileiro”, Rita transitou com maestria entre o rock, a MPB e a música pop, seja com os Mutantes, seja em carreira solo. Canções como “Ovelha Negra” e “Mania de Você” seguem sendo trilha sonora de gerações. E engana-se quem pensa que Rita era só rebeldia: ela também foi pioneira em abordar temas como liberdade, feminismo e sexualidade com muito bom humor e criatividade. Sua partida em 2023 deixou saudade, mas seu legado segue vivo – e animado!
Não podemos esquecer de Nana Caymmi, que virou sinônimo de elegância e sensibilidade musical. Filha do lendário Dorival Caymmi, Nana construiu uma trajetória marcada por interpretações profundas em faixas como “Resposta ao Tempo” e “Não Se Esqueça de Mim”. Ela levou a MPB para palcos internacionais e segue ativa, renovando seu repertório sem perder a essência que conquistou fãs ao redor do globo.
E para os fãs da nova geração, vale ficar de olho em nomes como Maria Gadú e Céu. Maria Gadú ganhou destaque nacional com “Shimbalaiê”, faixa que bateu recordes de execução em rádios entre 2010 e 2011, além de ter sido trilha de novelas globais. Já Céu trouxe uma abordagem moderna à MPB, misturando elementos de reggae, jazz e música eletrônica, conquistando Grammys Latinos e fama mundial – com direito a apresentações em festivais internacionais, como o Coachella, em 2024.
Essas vozes – e muitas outras, como Elza Soares (um verdadeiro furacão de emoção e resistência), Marisa Monte, Roberta Sá e Vanessa da Mata – são a trilha sonora de um país plural, criativo e, acima de tudo, resiliente. Elas provam, a cada nova nota, que a MPB é um organismo vivo, em constante renovação, pronto para surpreender quem estiver disposto a ouvir – e se emocionar.
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