Música

As músicas que viralizaram sem querer

Você já percebeu como algumas músicas simplesmente explodem na internet, invadindo nossas playlists, memes, dancinhas no TikTok e até mesmo campanhas publicitárias, sem que ninguém realmente tenha planejado esse sucesso todo? O universo digital tem dessas: canções que, por um acaso do destino (e um empurrãozinho dos algoritmos), viralizam sem querer, transformando artistas desconhecidos em estrelas e hits esquecidos em hinos da geração. Separamos algumas dessas histórias que provam que, às vezes, o melhor hit é aquele totalmente fora do roteiro!

Vamos começar com o fenômeno “Astronomia” de Tony Igy e Vicetone. Lançada em 2010, a música ficou ali, quietinha, até que os memes dos dançarinos de caixão de Gana tomaram conta do planeta em 2020. De repente, todo vídeo engraçado tinha a batida eletrônica embalando “tragédias” do cotidiano, e a música foi parar no topo das paradas do Spotify, sem ninguém nunca imaginar que um meme de funeral dançante seria a catapulta do sucesso.

Outro caso épico é o de “Running Up That Hill (A Deal With God)”, da Kate Bush. Gravada em 1985, a faixa ressurgiu triunfante em 2022 graças à série Stranger Things, na Netflix. A personagem Max, interpretada por Sadie Sink, correu desesperada ao som da música e levou uma geração inteira junto. O hit voltou ao top 10 da Billboard, e Kate, que nem era ativa nas redes sociais, virou sensação no TikTok aos 60 anos de idade. Quem diria que um contrato com Deus renderia tanto streaming?

E quem pode esquecer do viral “Never Gonna Give You Up”, de Rick Astley? Lançada em 1987, a música foi puxada do fundo do baú por um fenômeno muito peculiar: o Rickroll. Você clica esperando um tutorial ou notícia bombástica e… PÁ! Rick Astley surge prometendo nunca te abandonar. O meme atravessou décadas e, em 2024, o clipe ultrapassou a marca de 1,5 bilhão de visualizações no YouTube, sem que Rick ou qualquer gravadora pudessem prever essa onda.

No Brasil, o hit “Caneta Azul”, de Manoel Gomes, é um dos exemplos mais recentes de viralização sem querer. Em 2019, Manoel postou um vídeo simples e despretensioso cantando sobre sua caneta perdida. A melodia grudenta e o sotaque genuíno conquistaram desde crianças até celebridades, resultando em paródias, remixes e até clipe oficial com produção profissional. O “Caneta Azul” virou sinônimo de meme nacional – e Manoel Gomes, de estudante anônimo, virou celebridade instantânea.

Outro fenômeno nacional é “Oh Juliana”, do MC Niack. O funkeiro postou a música em 2020, durante a pandemia, e viu o hit crescer impulsionado por coreografias no TikTok e challenges nas redes sociais. Resultado: milhões de plays, contratos com gravadoras e shows lotados para um artista que, até então, gravava em casa com equipamentos improvisados.

O poder do TikTok também ressuscitou “Dreams”, do Fleetwood Mac. Em 2020, Nathan Apodaca, conhecido como 420doggface208, gravou um vídeo andando de skate e bebendo suco de cranberry ao som do clássico de 1977. O vídeo viralizou, a banda voltou aos charts mundiais e a canção ganhou uma nova geração de fãs. Mick Fleetwood, baterista da banda, até recriou o vídeo, mostrando que a internet não tem idade para surpresas.

E não podemos deixar de citar “Dance Monkey”, da australiana Tones and I. Lançada em 2019, a música foi parar no topo das paradas em mais de 30 países. O curioso é que ela viralizou em festas, vídeos engraçados e desafios, antes mesmo de tocar nas rádios tradicionais. O segredo? Uma batida chiclete, voz única e a magia dos algoritmos que adoram transformar o inesperado em tendência.

Esses casos mostram que a viralização musical, muitas vezes, não depende de estratégias milionárias de marketing. Às vezes, basta um vídeo autêntico, um meme certeiro, uma cena marcante ou até mesmo uma caneta azul para transformar músicas em verdadeiros fenômenos. O digital democratizou o sucesso: qualquer um pode ser a próxima sensação global, desde que a internet acorde inspirada.

E aí, qual dessas músicas você já foi “vítima” de ouvir várias vezes sem nem perceber? Ou quem sabe até participou de um desafio dançante, um meme ou já foi Rickrolled em alguma conversa? O fato é que, gostando ou não, esses hits ficam na cabeça, grudam na timeline e mostram que, no mundo musical, o improvável é sempre possível.

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