Se você sobreviveu aos anos 2000 sem nunca cantarolar um hit chiclete ou imitar os passinhos desengonçados dos videoclipes da MTV, parabéns: você é oficialmente um viajante do tempo ou um eremita digital. Para todo o resto do planeta, a década foi um verdadeiro festival de músicas icônicas que ainda ecoam nas playlists, festas nostálgicas e, claro, nas nossas memórias mais queridas (ou constrangedoras, dependendo de quantas vezes você dançou “Single Ladies” em público). Prepare o fone de ouvido, aumente o volume e venha com a gente numa viagem pelos sons que marcaram uma geração – e continuam marcando!
Os anos 2000 foram o berço de hits que simplesmente não saem das nossas cabeças. Quem nunca gritou “It’s Britney, b*tch!” ao som de “Toxic”? Britney Spears dominou as paradas com sua mistura de pop chiclete, visual inovador e videoclipes inesquecíveis. E como esquecer da concorrência acirrada com Christina Aguilera, responsável por sucessos como “Beautiful” e “Dirrty”, mostrando que as divas pop estavam mais afiadas do que nunca?
O hip-hop também entrou pesado na jogada. Eminem, com seu flow ágil e letras afiadas, explodiu com “Lose Yourself” (Grammy de Melhor Canção de Rap em 2004), enquanto 50 Cent disparava “In Da Club” em festas do mundo todo. Jay-Z consolidava-se não só como rapper, mas como magnata, e Missy Elliott trazia toda sua criatividade com “Work It”, tornando impossível ficar parado.
Mas não parou por aí: bandas de pop punk como Green Day, blink-182 e Simple Plan dominaram corações adolescentes com guitarras distorcidas e refrões grudentos como “American Idiot” e “I Miss You”. No rock alternativo, Coldplay elevou o tom emocional com “Yellow” e “Clocks”, enquanto The Killers transformavam qualquer pista de dança num karaokê coletivo com “Mr. Brightside”.
E o R&B? Bom, ninguém esquece Alicia Keys, que surgiu em 2001 com o hino “Fallin’”, nem Usher, que fez todo mundo querer dançar (ou pelo menos tentar) com “Yeah!”, ao lado de Lil Jon. Beyoncé, após o Destiny’s Child, reinventou o pop com “Crazy In Love” e “Irreplaceable”, virando sinônimo de poder e talento feminino.
No Brasil, os anos 2000 foram a era de ouro do pagode romântico (Exaltasamba, Sorriso Maroto), do axé elétrico (Ivete Sangalo, Claudia Leitte), e claro, do funk carioca, que com MCs como Tati Quebra Barraco e Bonde do Tigrão, quebrou barreiras e conquistou o país. A internet começava a mudar tudo: músicas virais como “Festa no Apê”, do Latino, e “Dança do Créu”, invadiam as caixas de som graças ao Orkut e aos blogs de download (alô, nostalgia!).
O pop internacional teve, ainda, Rihanna começando a reinar com “Umbrella”, Lady Gaga dando um show de irreverência com “Poker Face” e “Just Dance”. Black Eyed Peas emplacaram “Where Is The Love?” e “I Gotta Feeling”, tornando-se trilha sonora de formaturas, casamentos e qualquer reunião animada.
Se você está aí se perguntando qual dessas músicas foi a maior de todas, a resposta depende do seu coração e, claro, do seu histórico de MSN. Mas uma coisa é certa: os anos 2000 provaram que música é memória, é identidade e é, acima de tudo, pura diversão.
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