Se você sobreviveu aos anos 2000 sem balançar a cabeça ao som de um bom reggae nacional, talvez tenha vivido em outra dimensão – ou pelo menos estava sem rádio, TV e amigos para compartilhar aquela vibe positiva. Nesta viagem nostálgica, embarcamos no túnel do tempo para revisitar as melhores músicas de reggae nacional dos anos 2000, década em que o ritmo jamaicano ganhou sotaque brasileiro e invadiu trilhas sonoras de praias, festas, novelas e playlists de coração partido (e apaixonado também, claro).
No início do milênio, o reggae já era trilha sonora garantida nas praias do Nordeste e no cerrado de Brasília, mas foi nos anos 2000 que ele se popularizou de verdade, conquistando rádios, festivais e até comerciais de margarina. E quando falamos de clássicos desse período, impossível não começar pelo Natiruts, que estourou com hits como “Natirus Reggae Power” e “Quero Ser Feliz Também”. O álbum “Qu4tro” (2002) consolidou a banda como uma das maiores do gênero, com letras que misturam romantismo, positividade e uma pitada de crítica social, embaladas pelo balanço contagiante do reggae.
Outra banda que marcou os anos 2000 foi o Chimarruts, direto do Rio Grande do Sul. “Do Lado de Cá” e “Versos Simples” grudaram na cabeça de todo mundo e continuam fazendo sucesso até hoje. A sonoridade leve, os refrões fáceis de cantar e as letras sobre amor e amizade transformaram o grupo em referência no reggae pop nacional.
A Bahia também tem cadeira cativa nessa lista. O Adão Negro explodiu com “Anjo Bom” e “Leve Com Você”, enquanto o Cidade Negra, já veterano, lançou álbuns como “Perto de Deus” (2004), mostrando que o reggae pode sim ter groove, suingue e muita brasilidade. Falando em Cidade Negra, não tem como esquecer de “A Sombra da Maldade” e “A Estrada”, músicas que resistiram ao teste do tempo e continuam emocionando gerações.
O Planta & Raiz também merece destaque. Emplacando hinos como “Com Certeza”, “Te Gosto” e “Gueto do Universo”, a banda paulistana misturou reggae, pop e pitadas de rock, criando uma fórmula que agradou fãs de todos os estilos. Os shows sempre lotados nos anos 2000 são a prova de que o gênero era – e ainda é – uma verdadeira celebração coletiva.
E por falar em mistura de estilos, o Maskavo merece seu espaço. O hit “Um Anjo do Céu” virou trilha de novela e embala até hoje casamentos e formaturas. O grupo se destacou por letras poéticas e arranjos cheios de energia, trazendo um frescor ao reggae nacional dos anos 2000.
Já o Maneva, que surgiu no finalzinho da década, começou discreto, mas logo conquistou fãs com “Saudades do Tempo” e “Pisando Descalço”. O grupo se mantém relevante até hoje, provando que o legado do reggae nacional dos anos 2000 inspira novas gerações.
Além dos nomes mais conhecidos, vale lembrar de outras preciosidades que marcaram a época, como Tribo de Jah, com seu reggae roots e mensagens de respeito, e Edson Gomes, que continuou lançando faixas de peso cheias de crítica social e lirismo. Não dá pra esquecer também do forreggae, mistura de forró com reggae, que bombou em trilhas sonoras e pistas de dança principalmente no Nordeste.
Mas o que essas músicas têm em comum, afinal? Seja no refrão chiclete, na levada do baixo ou nas mensagens de esperança, justiça e amor, o reggae nacional dos anos 2000 conquistou seu espaço pela autenticidade. As bandas souberam adaptar as raízes jamaicanas ao jeitinho brasileiro, com letras que falam de sol, praia, saudade e, claro, muita positividade. E ainda ajudaram a formar uma geração inteira cheia de boas vibrações.
Se bateu aquela saudade, a boa notícia é que todos esses clássicos estão a um play de distância. Dá para escutar, criar aquela playlist nostálgica e compartilhar com os amigos, porque música boa é daquelas que quanto mais se divide, mais cresce. E se quiser descobrir ou redescobrir essas e outras pérolas do reggae nacional, corre lá no Soundz (https://soundz.com.br) – plataforma de streaming de música grátis, onde você pode escutar músicas, criar playlists e ainda ficar por dentro de uma revista digital cheia de assuntos diferentes. Bora espalhar boas vibrações e manter o reggae nacional sempre vivo!