Música

As melhores músicas de punk rock internacional dos anos 70

Ah, os anos 70! Década das calças boca de sino, dos cabelos desgrenhados e, claro, da explosão do punk rock internacional. Se você acha que punk é só moicano e jaqueta de couro, prepare-se para um mergulho musical que vai muito além dos clichês: estamos falando das melhores músicas de punk rock internacional lançadas entre 1974 e 1979, aquelas que deram o pontapé inicial (literalmente, em alguns casos) no gênero, influenciando gerações e sacudindo as estruturas do rock.

O punk nasceu como uma resposta ao virtuosismo e à pretensão do rock progressivo e do glam rock dos anos 70. Era hora de voltar às raízes: músicas rápidas, diretas, letras afiadas e uma atitude “faça você mesmo” que inspirou desde músicos de garagem até ícones das artes visuais. Uma verdadeira revolução, ou como diriam os Sex Pistols: “Anarchy in the UK!”

Começando por eles, impossível falar dos anos 70 sem citar “Anarchy in the UK” (1976) e “God Save the Queen” (1977), dois petardos dos Sex Pistols que, juntos, condensam a essência do punk: descontentamento, rebeldia e um senso de humor ácido. Eles chocaram a Inglaterra, foram banidos de rádios e TVs, mas eternizaram seu som e estilo. Johnny Rotten virou símbolo de uma geração que queria gritar bem alto: “não precisamos de autoridade!”

Do outro lado do Atlântico, surge outra escola punk: a de Nova York. E ninguém representa melhor essa cena do que o Ramones. Seus acordes simples e refrões chicletudos conquistaram o mundo com hits como “Blitzkrieg Bop” (1976), “Sheena Is a Punk Rocker” (1977) e “Rockaway Beach” (1977). A fórmula era simples: três acordes, muita energia e letras sobre festas, filmes e diversão. Os Ramones provaram que o punk podia ser, acima de tudo, divertido.

Claro, não podemos esquecer do The Clash, banda que mostrou que punk também podia ser engajado e musicalmente inteligente. “White Riot” (1977), “London’s Burning” (1977) e “Complete Control” (1977) são exemplos perfeitos de como Joe Strummer & cia. somaram reggae, ska e até dub ao caldeirão punk, criando sons inovadores e letras politizadas. Em 1979, “London Calling” chegava como um hino definitivo, prenunciando a variedade que o punk ganharia nos anos 80.

Outro nome essencial dos primórdios é o The Damned, donos do primeiro single punk britânico, “New Rose” (1976), e de clássicos como “Neat Neat Neat” (1977). Suas músicas rápidas e energéticas, misturando humor negro e melodia, ajudaram a pavimentar o caminho para toda a cena punk e pós-punk que viria depois.

Os americanos Dead Kennedys, ainda que tenham lançado seu álbum de estreia apenas em 1980, já agitavam a cena no fim dos anos 70 com shows incendiários e faixas demo como “California Über Alles”, demonstrando a veia sarcástica e a crítica social ácida que marcaria toda sua carreira.

Na Austrália, o The Saints também deixou sua marca: “(I’m) Stranded” (1976) foi saudada como uma das melhores faixas punk fora do eixo EUA-UK, mostrando que a rebeldia era mesmo global.

Vale lembrar ainda dos Buzzcocks, com “Ever Fallen in Love (With Someone You Shouldn’t’ve)” (1978), que trouxe um lado mais romântico (mas nem por isso menos intenso) ao punk, e do X-Ray Spex, liderado pela icônica Poly Styrene, que explodiu com “Oh Bondage Up Yours!” (1977), misturando crítica de consumo, feminismo e muito saxofone (sim, sax no punk!).

Para fechar, não dá para ignorar o impacto dos Stooges, capitaneados por Iggy Pop, cujo álbum “Raw Power” (1973) e a faixa “Search and Destroy” são considerados embriões do punk – mesmo alguns anos antes do boom oficial. Iggy, aliás, era pura performance: ninguém subia em caixas de som, pulava na plateia ou lambuzava-se de manteiga de amendoim (sim, isso aconteceu) como ele.

O legado dessas músicas segue vivo em 2025, seja nos festivais, nas playlists ou nas bandas garageiras do mundo todo. O punk dos anos 70 foi mais que música: foi atitude, moda, arte, e, acima de tudo, uma resposta direta à necessidade de se expressar. De Londres a Nova York, de Brisbane a Manchester, há algo em comum: a vontade de gritar, tocar alto e desafiar o sistema. E nada melhor do que relembrar (ou descobrir!) esses clássicos para sentir toda essa energia.

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