Quando falamos em música, é impossível não pensar naquele refrão que grudou na cabeça, no solo de guitarra que fez história ou naquele feat inesperado que dominou todas as rádios, playlists e redes sociais. As colaborações musicais sempre foram terreno fértil para a criatividade, o improviso e – por que não? – para algumas das maiores surpresas já vistas no universo sonoro. De encontros improváveis a parcerias que redefiniram gêneros, explorar as colaborações mais memoráveis da história da música é praticamente fazer uma viagem no tempo e nos hits mais marcantes dos últimos 60 anos.
Comecemos pelo clássico dos clássicos: “Under Pressure”, de Queen e David Bowie, um duelo vocal entre Freddie Mercury e Bowie que nasceu quase por acaso em 1981, durante uma jam session. O resultado? Uma das linhas de baixo mais famosas do mundo, eternizada e até reciclada pelo Vanilla Ice em “Ice Ice Baby” – com direito a umas polêmicas judiciais, claro. Falando em duplas icônicas, como esquecer Paul McCartney e Stevie Wonder em “Ebony and Ivory”, de 1982? A música uniu dois gênios para discutir igualdade racial, conquistando topos de paradas e o coração do público. McCartney também brilhou em “The Girl Is Mine”, dividindo vocais com Michael Jackson – e a dupla voltaria a arrasar em “Say Say Say”.
Michael, aliás, era fã de parcerias. Em “Beat It”, trouxe Eddie Van Halen para um solo de guitarra que virou referência. E na década seguinte, mostrou seu poder de colaboração com Janet Jackson no dançante “Scream”, que até hoje tem o videoclipe mais caro da história (US$ 7 milhões, só pra constar). E já que falamos de irmãos, a colaboração de Beyoncé com Jay-Z em “Crazy in Love” (2003) selou o reinado do casal mais poderoso do pop e hip-hop, enquanto Rihanna, Kanye West e Paul McCartney reinventaram o pop em “FourFiveSeconds” (2015), reunindo três gerações e três estilos completamente diferentes.
No Brasil, o encontro de Caetano Veloso e Gilberto Gil no álbum “Tropicália: ou Panis et Circencis” (1968) mudou para sempre o panorama da música nacional – e internacional. Chico Buarque e Tom Jobim em “Sabiá” (1968) são outro exemplo de como parcerias podem resultar em obras-primas. Já nos anos 2000, Ivete Sangalo e Alejandro Sanz emocionaram multidões com “Corazón Partío”, enquanto Anitta, Pablo Vittar e Major Lazer juntaram forças em “Sua Cara”, levando o funk brasileiro para todo o planeta e quebrando recordes de visualizações no YouTube.
No rock internacional, é impossível ignorar a explosiva união de Aerosmith e Run-D.M.C. em “Walk This Way” (1986), que não só ressuscitou a carreira dos roqueiros, mas também abriu caminho para a mistura entre rap e rock, inspirando gerações. Metallica dividiu o palco com ninguém menos que a Orquestra Sinfônica de São Francisco no lendário álbum e DVD “S&M” (1999), provando que guitarras distorcidas e violinos podem sim conviver em harmonia absoluta.
Entre os duetos inesquecíveis, “Empire State of Mind” (2009) colocou Jay-Z e Alicia Keys como trilha sonora oficial de Nova York, enquanto Lady Gaga e Bradley Cooper emocionaram o mundo em “Shallow” (2018), levando um Oscar de Melhor Canção Original e fazendo todo mundo se perguntar: será que eles estão apaixonados mesmo? (Spoiler: eram só bons atores mesmo, gente.)
Nos últimos anos, as colaborações transcenderam gêneros, idiomas e fronteiras. BTS se uniu a Halsey em “Boy With Luv” (2019), quebrando recordes de visualizações em tempo recorde. Billie Eilish e Rosalía surpreenderam com “Lo Vas A Olvidar” (2021), misturando pop alternativo com flamenco experimental. E quem imaginaria Elton John e Dua Lipa juntos em “Cold Heart” (2021), trazendo de volta o clima disco com uma vibe totalmente atual?
Seja para unir fãs de diferentes tribos, celebrar a diversidade ou simplesmente criar algo único, as colaborações musicais seguem sendo um dos motores mais potentes da cultura pop. Então, já sabe: se aquela música grudou na sua cabeça e você não consegue parar de cantar, pode apostar que, no meio do caminho, teve um feat poderoso.
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