Artistas que Usaram Suas Letras para Protestar em 2025

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Se tem algo que nunca sai de moda é usar a música como forma de protesto. Em 2025, enquanto o mundo gira, crises surgem, movimentos sociais ganham força e debates fervilham nas redes, artistas do mundo inteiro continuam transformando suas letras em verdadeiros manifestos. E olha, não faltam exemplos de cantores e bandas que resolveram ir além do refrão chiclete e fizeram dos seus versos trincheiras de resistência e conscientização.

Neste ano, com a efervescência política global, as eleições em várias partes do mundo, a luta contra as mudanças climáticas atingindo seu ápice e as discussões sobre direitos civis cada vez mais presentes, as playlists de protesto invadiram as plataformas. Artistas dos mais variados gêneros ergueram o microfone como quem levanta uma placa em uma manifestação, usando cada palavra para cutucar, provocar e inspirar mudanças.

Um dos maiores destaques de 2025 foi Billie Eilish, que com a faixa “Wake Up World” fez um verdadeiro chamado às novas gerações sobre a urgência das ações ambientais. Em uma letra visceral, Billie critica os líderes mundiais por inércia diante do aquecimento global e convoca fãs a pressionar por políticas sustentáveis. O refrão virou meme, trend no TikTok e parte do vocabulário dos jovens ativistas, mostrando que engajamento também se faz com beats eletrizantes e muita atitude.

Do outro lado do Atlântico, Stormzy voltou a incendiar o cenário britânico com “Brick by Brick”, single que aborda a crise de moradia e a desigualdade social em Londres. O rapper usou rimas afiadas para denunciar o aumento dos aluguéis, a gentrificação e a falta de políticas habitacionais inclusivas. Sua performance no BRIT Awards 2025, vestindo uma camiseta com a frase “Homes for All”, circulou por semanas nas redes, inspirando até campanhas beneficentes para combater o problema.

No Brasil, Emicida seguiu firme como uma das vozes mais potentes do rap nacional. Em “Fogo de Palha”, lançado em março, o rapper faz críticas contundentes à violência policial e ao racismo institucional, sem poupar ironias e referências à política brasileira. A letra, permeada por trocadilhos e aquela sagacidade típica do artista, rapidamente se tornou símbolo dos protestos que tomaram as ruas das principais capitais do país.

E se você pensou que só os nomes já consagrados estão protestando, está enganado! A ascensão dos artistas independentes nunca esteve tão forte, e a internet foi palco de verdadeiras revoluções sonoras. Uma das gratas surpresas foi a banda mexicana Sonido Libre, que estourou nas playlists com “Fronteras”, um hino contra a xenofobia e a favor da inclusão dos imigrantes, especialmente em países que vêm endurecendo suas políticas de fronteira. O refrão, cantado em vários idiomas, viralizou e uniu fãs do mundo todo em uma só voz – literalmente, já que muitos fizeram versões caseiras da música em suas línguas maternas.

O K-pop, que já é conhecido pelo alto engajamento dos fãs, também deu as caras no ativismo em 2025. O grupo BTS, mesmo após anunciar hiato, voltou às paradas com “Equality Now”, uma faixa lançada durante o Festival Global da Juventude. O single aborda a luta por igualdade de gênero e direitos LGBTQIA+, reforçando que a música pop pode – e deve – debater temas urgentes. O clipe, repleto de simbolismos e cenas de manifestações reais, já bateu recordes de visualizações no YouTube e movimentou a discussão inclusive em países mais conservadores.

Críticos e estudiosos já apontam: 2025 está sendo um dos anos mais férteis para a música de protesto desde os anos 1960. A diferença? Agora a mensagem se espalha em segundos, viraliza, agita hashtags, alimenta debates e ecoa nos fones de ouvido do mundo inteiro. Seja no rap, na MPB, no indie, trap, rock ou pop, artistas estão usando suas plataformas – e suas letras afiadas – para protestar, chorar, gritar, sonhar e, principalmente, provocar reflexão. E se engana quem pensa que isso não faz diferença: pesquisas recentes do instituto Pew Research Center indicam que músicas com temáticas sociais aumentaram em mais de 30% o engajamento dos jovens em causas políticas nos últimos dois anos.

Se você quer descobrir mais sobre os artistas que estão usando suas vozes para mudar o mundo, que tal dar o play e criar sua própria playlist de protesto? O Soundz (https://soundz.com.br) é a plataforma de streaming de música grátis onde você pode escutar seus sons favoritos, criar playlists e, de quebra, conferir uma revista digital completa sobre cultura, sociedade, comportamento e muito mais. Música boa, informação de qualidade e atitude – tudo junto, como pede o ano de 2025.

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