Se existe uma combinação capaz de conquistar corações, mentes e playlists, ela certamente envolve música, cultura pop e cinema. Principalmente quando o roteiro é a própria vida de ícones que ajudaram a compor a trilha sonora do nosso tempo. Filmes autobiográficos sobre artistas famosos não são apenas entretenimento: eles são janelas para bastidores, emoções ocultas, quedas grandiosas e ascensões reluzentes. E, claro, nunca faltam aquelas cenas que a gente se pergunta: “será que foi mesmo assim?” Spoiler: às vezes, foi até mais intenso.
Vamos embarcar nessa jornada por trás das câmeras e guitarras, entendendo como o cinema traduz o ritmo e a essência da música e da cultura pop em produções que já se tornaram clássicos – e, não raro, verdadeiros festivais de prêmios.
Começamos com “Bohemian Rhapsody” (2018), que catapultou Rami Malek ao panteão dos premiados com um Oscar interpretando Freddie Mercury, o magnético líder do Queen. O filme é mais que uma biografia: é uma viagem no tempo, com figurinos perfeitos, reconstituições de shows históricas e trilha sonora de arrepiar. Não bastasse, trouxe a discussão sobre sexualidade, luta contra preconceitos e a dura batalha de Freddie contra o HIV, temas que fizeram a produção ultrapassar a fronteira dos fãs da banda.
Na mesma onda de hits e emoções, “Rocketman” (2019) explorou a colorida e, por vezes, turbulenta trajetória de Elton John. Taron Egerton deu um show à parte (literalmente, já que cantou todas as músicas), mostrando que pop, psicodelia e sentimentos podem – e devem – ser retratados sem medo de ousar. Aqui, a fantasia tem licença poética, mas os dramas são tão reais quanto as plumas de Elton nos anos 70. E fica a lição: a vida é melhor quando vivida em Technicolor, com trilha sonora própria.
E como não mencionar “Walk the Line” (2005), que reviveu a intensidade de Johnny e June Carter Cash, interpretados brilhantemente por Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon? A química entre os protagonistas e a pegada country-rock do longa ajudaram a criar um retrato honesto sobre dependência, redenção e amor incondicional, além de revigorar o interesse pelas raízes da música norte-americana. A produção foi indicada a cinco Oscars e reforçou a tendência de biografias musicais como grandes sucessos de bilheteria, provando que o público sempre tem apetite para boas histórias embaladas por grandes canções.
Já no universo brasileiro, “Cazuza: O Tempo Não Para” (2004) foi um divisor de águas ao retratar com intensidade os altos e baixos da vida do poeta do rock nacional. O filme, protagonizado por Daniel de Oliveira, mostra desde a ascensão meteórica do Barão Vermelho até os desafios pessoais do cantor, incluindo sua batalha contra o HIV. O longa ajudou a manter viva a memória de Cazuza e a reaproximar novas gerações de suas letras profundas e atemporais.
Mas não são apenas os dramas que encontram abrigo nesses filmes. O humor e o carisma de artistas como Ray Charles, em “Ray” (2004), também têm lugar garantido. Jamie Foxx entregou uma atuação tão visceral que levou o Oscar para casa, mostrando todos os contrastes do gênio musical, das cenas mais sombrias às mais inspiradoras.
O mais interessante nesses filmes é perceber como eles vão além do simples retrato biográfico. Cada produção carrega o peso de representar uma época, um estilo musical e, em muitos casos, contribui para o resgate ou popularização de uma cultura inteira. O figurino, a reconstituição de shows, a trilha sonora imersiva, e até mesmo as controvérsias sobre o que é ficção ou realidade, tudo isso compõe uma experiência que é, ao mesmo tempo, nostálgica e educativa.
Claro, nem sempre a família dos retratados ou os próprios fãs concordam com tudo o que é mostrado na telona. Isso faz parte do show – e do charme dessas produções. O importante é que, entre refrões, lágrimas e aplausos, esses filmes conseguem algo raro: fazer a gente sair cantarolando do cinema e, muitas vezes, correr para montar aquela playlist temática – que, convenhamos, é a trilha sonora da própria vida de quem assiste.
Se você curte música, acha que cultura pop não tem idade e adora descobrir os bastidores de grandes artistas, fique ligado nos lançamentos e revisite os clássicos que transformaram figuras públicas em lendas da sétima arte. E, claro, não esqueça: a música continua tocando, seja no cinema, nas plataformas digitais ou no coração de quem sabe que a vida é muito melhor com trilha sonora.
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