Quando pensamos em música popular brasileira, ou MPB para os íntimos, logo nos vêm à mente os acordes de um violão bem dedilhado, letras poéticas e aquela mistura deliciosa entre tradição e modernidade. Mas será que você já parou para pensar no tamanho do passo que nossa MPB deu mundo afora? Não é exagero dizer que os sons tropicais do Brasil cruzaram oceanos e influenciaram alguns dos maiores nomes da música internacional. Prepare-se, porque a história é digna de playlist internacional!
Tudo começa lá na década de 1960, quando João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e companhia limitada inventaram a bossa nova. O ritmo suave, sofisticado e melódico conquistou não só as praias cariocas, mas também os palcos de Nova York e Paris. Frank Sinatra, por exemplo, não resistiu ao charme de “Garota de Ipanema” e gravou a música ao lado do próprio Tom Jobim. O resultado? Um clássico eterno, que até hoje está presente em trilhas sonoras de filmes, elevadores e, claro, nas playlists de quem tem bom gosto. Dizem que se alguém nunca ouviu “The Girl from Ipanema”, provavelmente é um alienígena disfarçado.
A influência não parou por aí. A batida sincopada da MPB também encontrou eco no jazz, especialmente durante o movimento conhecido como “bossa nova craze” nos Estados Unidos. Nomes como Stan Getz e Charlie Byrd embarcaram nessa onda, gravaram discos com brasileiros e até ganharam Grammys. Está achando que é pouco? Até os Beatles foram fisgados! Paul McCartney já declarou diversas vezes seu amor pela música brasileira e afirmou que a harmonia de canções como “Insensatez” influenciou composições dos Fab Four. Sabe aquele “A Day in the Life” do Sgt. Pepper’s? Pois então, tem um dedinho de MPB ali também.
Se você curte rock, olha só que interessante: David Byrne, do Talking Heads, é um verdadeiro embaixador da música brasileira no exterior. O britânico Sting também gravou com músicos brasileiros e até arriscou um português em “Fragile”. E não podemos esquecer de Beck, Caetano Veloso, Gilberto Gil e a trupe da Tropicália, que inspiraram gerações inteiras de artistas alternativos mundo afora.
O Grammy Latino, criado em 2000, é outro exemplo de como a MPB ganhou respeito e espaço globalmente. Artistas como Marisa Monte, Djavan e Milton Nascimento não só colecionam troféus, mas também inspiram músicos do Japão à Islândia. Inclusive, Björk já confessou ser fã de Milton Nascimento (e cá entre nós, quem não é?).
Falando em Japão, sabia que a bossa nova é praticamente um patrimônio musical por lá? A paixão dos japoneses pela MPB gerou festivais, discografias completas e até cursos de violão para quem quer tocar como João Gilberto. Parece exagero, mas não é! A música brasileira encontrou um lar especial entre os nipônicos, e há registros de mais de 300 versões japonesas de canções de Tom Jobim.
Na França, nomes como Pierre Barouh e Serge Gainsbourg também embarcaram no swing brasileiro. E o que dizer de “Mas que Nada”, de Jorge Ben Jor, que virou hit internacional nas mãos de Sérgio Mendes e, anos depois, ganhou remix do The Black Eyed Peas? O groove brasileiro nunca esteve tão globalizado.
Claro, não podemos esquecer do papel das trilhas sonoras. Filmes de Woody Allen, séries como “Mad Men” e até videogames já usaram clássicos da MPB para dar aquele clima sofisticado e descolado. A música brasileira virou sinônimo de cool em qualquer canto do mundo.
Se você acha que essa influência ficou no passado, pense de novo. Em 2025, artistas como Billie Eilish, Rosalía e Ed Sheeran já citaram a MPB em entrevistas e playlists pessoais. O sampling de ritmos brasileiros está presente em hits do momento, e novas gerações continuam explorando os sons do Brasil em colaborações internacionais.
A verdade é que a MPB não é só nossa: ela é do mundo inteiro. O segredo? Mistura de ritmos, letras que tocam fundo, harmonia inventiva e, claro, aquele tempero brasileiro que ninguém mais consegue replicar.
Então, da próxima vez que escutar um sucesso internacional e achar que tem algo de diferente ali, pode apostar que tem um pouquinho de MPB na receita. Afinal, a música brasileira é vitamina para alma—e, pelo visto, para os ouvidos do planeta.
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