Música

Rock Nacional: As Bandas Brasileiras Que Fizeram História

Quando se fala em música brasileira, é impossível não mencionar o impacto gigantesco do rock nacional. De guitarras distorcidas a letras que desafiam o sistema, o Brasil já produziu bandas e artistas que mudaram o curso da nossa cultura – e, de quebra, fazem a gente cantar e pular até hoje, seja no show lotado ou no banho. Então, se você quer uma viagem pelas estradas (e becos) do rock brasileiro, prepare o fone e o coração: chegou a hora de relembrar as bandas que deixaram sua marca na história do país.

Nos anos 1980, enquanto o país respirava o ar da redemocratização, um movimento musical explodiu nos palcos do Brasil. O chamado “BRock” trouxe nomes como Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso e Os Engenheiros do Hawaii – cada um com seu estilo, sotaque e forma de protestar em alto e bom som. A Legião Urbana, por exemplo, virou hino de várias gerações com letras inteligentes e emocionantes, escritas por Renato Russo. A banda lançou clássicos como “Tempo Perdido” e “Será”, que continuam sendo trilhas sonoras de nossos momentos dramáticos e felizes (quem nunca ouviu um “Que país é esse?” no metrô, não sabe o que é rock nacional raiz).

Já os Titãs, conhecidos pelo experimentalismo e pelas letras ácidas, não economizaram nas críticas sociais. Músicas como “Polícia” e “Epitáfio” mostram a capacidade da banda de evoluir sem perder a essência. Eles migraram do punk para o pop, do rock pesado para a balada, sem perder o rebolado – ou o sucesso.

Nosso passeio não para por aí: Barão Vermelho, com Cazuza e depois Frejat nos vocais, trouxe para o mainstream uma mistura de blues, rock e muita poesia urbana. “Pro Dia Nascer Feliz” e “Bete Balanço” são verdadeiros hinos que, quarenta anos depois, ainda colocam a galera pra cantar em qualquer boteco. E não dá pra esquecer Os Paralamas do Sucesso, liderados por Herbert Vianna, que inovaram ao misturar rock, reggae e MPB, criando clássicos como “Alagados” e “Meu Erro”.

Os Engenheiros do Hawaii vieram do sul do país, apresentando letras filosóficas e melodias marcantes. Músicas como “Infinita Highway” e “O Papa é Pop” discutem desde existencialismo até a cultura pop, e garantem o título de uma das bandas mais intelectuais do rock nacional (e olha que o Brasil é terra de muita banda cabeça!).

Se avançarmos para os anos 1990 e 2000, temos o surgimento de novas vozes, como Raimundos, Charlie Brown Jr., Planet Hemp e Skank. Cada uma inovando à sua maneira: Raimundos misturou forró com punk, criando hits como “Mulher de Fases”; Charlie Brown Jr., com Chorão à frente, virou referência para a juventude urbana com letras sobre skate, amizade e amor (“Só os Loucos Sabem”, fala sério, quem nunca se identificou?); Planet Hemp botou o dedo na ferida com críticas ao sistema penal e legalização das drogas, liderados por Marcelo D2 e BNegão, e Skank trouxe o reggae pop mineiro ao topo das paradas com músicas como “Garota Nacional”.

E claro, não podemos esquecer das mulheres que também fizeram história no rock nacional. Rita Lee, a rainha do rock brasileiro, começou nos Mutantes e depois seguiu carreira solo, criando sucessos atemporais como “Lança Perfume” e “Mania de Você”. Pitty, a baiana arretada, trouxe renovação e feminismo ao gênero, conquistando milhões de fãs com seu álbum de estreia “Admirável Chip Novo” e músicas como “Me Adora”.

Mesmo com as mudanças no cenário musical e a ascensão dos streamings, o legado do rock nacional continua firme. Bandas clássicas ainda arrastam multidões em festivais, novos artistas surgem inspirados por essas lendas e a galera de todas as idades descobre diariamente essas pérolas nas plataformas digitais. Se tem uma coisa que o rock brasileiro ensinou, é que sonhar, protestar, amar e até sofrer faz parte do show – e disso, a gente entende.

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