Você já percebeu como a história da Música Popular Brasileira é quase uma novela, cheia de reviravoltas, personagens marcantes e trilhas sonoras que ficam para sempre na nossa cabeça? Pois é, e se tem uma coisa que nos ajuda a viajar nessas trajetórias mágicas são os documentários sobre os artistas da MPB. Prepare-se, porque este texto vai fazer você querer devorar essas produções e, claro, sair adicionando uma trilha sonora incrível na sua playlist.
Começando com os clássicos, não dá para falar de documentários da MPB sem mencionar “Vinicius”, de 2005. O filme narra a vida de Vinicius de Moraes, poeta, diplomata, compositor e boêmio de mão cheia! Com depoimentos de amigos como Chico Buarque, Toquinho e Maria Bethânia, o documentário mergulha nas parcerias icônicas do Poetinha, revelando curiosidades como sua paixão por uísque e pelas mulheres. E quem nunca cantarolou “Garota de Ipanema” enquanto lavava a louça, né? Fato: a música é a segunda mais regravada do mundo, só perde para “Yesterday”, dos Beatles.
Outro retrato imperdível é “Uma Noite em 67”, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, lançado em 2010. O longa revive o histórico Festival da Record de 1967, que reuniu nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e Mutantes, todos ainda super jovens e já causando polêmica. As entrevistas são deliciosas, repletas de bastidores sobre as vaias e aplausos que mudaram para sempre a MPB. A batalha entre as canções “Alegria, Alegria” e “Ponteio” virou um clássico, e o documentário mostra como esse evento ajudou a consolidar a Tropicália.
Falando em Tropicália, o documentário “Tropicália” (2012), de Marcelo Machado, é uma verdadeira viagem psicodélica pelo movimento que revolucionou a música brasileira nos anos 60. Repleto de imagens de arquivo raríssimas e depoimentos de Gil, Caetano e Tom Zé, o filme explica como a mistura de rock, samba, bossa nova e psicodelia resultou em um dos períodos mais férteis da nossa cultura. Se você acha que “mudar o mundo” era só papo de hippie, precisa conhecer essa história.
Quem curte uma boa dose de emoção vai se apaixonar por “Fevereiros” (2017), sobre Maria Bethânia. O documentário acompanha a cantora em sua relação com a fé, a família e a música, mostrando desde suas raízes em Santo Amaro da Purificação, Bahia, até os desfiles em sua homenagem na Sapucaí. Bethânia, com sua voz inconfundível, emociona e inspira, revelando o lado místico e intimista por trás da diva dos palcos.
Mas e a nova geração? A MPB está mais viva do que nunca! “O Nome Dela é Gal” (2017) revisita a trajetória de Gal Costa, desde os tempos de Tropicália até seu sucesso solo, com depoimentos sinceros e registros musicais de arrepiar. Gal sempre foi ousada: cortou os cabelos, mudou de estilo, reinventou-se mil vezes e nunca perdeu o lugar no coração do público brasileiro.
Quer um exemplo de como a MPB também pode ser política? Assista a “Chico – Artista Brasileiro” (2015), dirigido por Miguel Faria Jr., que mergulha na obra de Chico Buarque e revela como o artista foi essencial para a resistência durante a ditadura militar, sempre com elegância e poesia. E, convenhamos, quem nunca sonhou em escrever um samba do nível de “Apesar de Você”?
Não podemos esquecer do bom humor de Tim Maia, retratado no hilário “Tim Maia – Vale o que Vier” (2014). O “síndico” do Brasil é apresentado em toda sua irreverência, desde os exageros nas festas até os shows épicos. O documentário é baseado na biografia escrita por Nelson Motta e tem de tudo: romance, confusão e, claro, muito soul.
O mais bacana desses documentários é perceber que, por trás de grandes sucessos e refrões inesquecíveis, existem pessoas com histórias de luta, sonhos, neuras e uma vontade incontrolável de transformar o mundo pela música. E acredite: assistir a essas obras é quase como sentar à mesa com os artistas, ouvindo causos inusitados e, de quebra, aprendendo um monte sobre o Brasil.
Se você curte música, história ou só quer dar boas risadas e mergulhar em emoções profundas, não deixe de buscar esses documentários. Aproveite para montar uma playlist só com os clássicos desses ícones ou descobrir novos favoritos na MPB – e, claro, compartilhe as descobertas com os amigos, porque música boa é pra ser dividida!
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