Prepare-se para sentir aquele arrepio na espinha: vamos mergulhar em um universo onde trilhas sonoras não apenas acompanham cenas, mas se tornam protagonistas do medo e do suspense. Quem nunca ficou com o coração acelerado ao ouvir aquelas notas agudas de violino em Psicose, ou sentiu a pele arrepiar com a música ameaçadora em Tubarão, que ataca antes mesmo do monstro aparecer? O fascínio das músicas de filmes de terror e suspense não é apenas uma questão sonora, é uma experiência que mexe com nossas emoções mais profundas — e, sim, é ciência!
A trilha sonora é responsável por 60% a 70% da atmosfera de tensão nos filmes de terror, segundo pesquisadores da University of California, que estudaram as reações do cérebro humano diante de sons perturbadores. Já percebeu como, mesmo de olhos fechados, somos transportados para um lugar de medo só com a música? Isso acontece porque sons dissonantes, como acordes desconfortáveis e ritmos inesperados, ativam a amígdala cerebral, região responsável pelo nosso instinto de sobrevivência. Ou seja, o próprio cérebro liga o “modo fuga” só com o poder do som.
Grandes mestres como John Carpenter em Halloween criaram trilhas que são tão icônicas quanto os próprios filmes. O tema simples, quase minimalista, é instantaneamente reconhecível e já dá aquele frio na barriga. Já Jerry Goldsmith, com seu trabalho em A Profecia, mostrou que até um coro de vozes pode soar mais assustador que o barulho de correntes arrastando. Em O Iluminado, a trilha de Wendy Carlos e Rachel Elkind mistura elementos eletrônicos e clássicos para criar uma sensação de que “algo muito errado está prestes a acontecer” — e, de fato, acontece.
Mas não pense que esse efeito é obra do acaso. Compositores de terror usam truques musicais, como a chamada “corda do diabo”, um intervalo musical historicamente considerado estranho e desconcertante. Repare também nos sons que parecem sussurrar ao fundo, ou no silêncio repentino — os dois extremos são armas poderosas para manipular nossas emoções. Silence is the new scream! Em filmes como Um Lugar Silencioso, o silêncio se torna uma trilha sonora angustiante por si só, provando que, no terror, até a ausência de som pode ser ensurdecedora.
E não é só no cinema! Jogos como Resident Evil e Silent Hill também apostam em trilhas sinistras, muitas vezes usando sons ambientais e melodias inquietantes que nos fazem querer jogar com a luz acesa. A influência dessas trilhas é tão forte que existem playlists de músicas de suspense e terror bombando em plataformas digitais, perfeitas para quem gosta de transformar qualquer tarefa do dia a dia em um verdadeiro thriller (só não garanto que lavar louça fique menos assustador).
Se você ficou curioso para montar a sua própria playlist de trilhas tensas, ou quer escutar esses clássicos que fazem seu coração bater mais rápido, fica a dica: acesse o Soundz (https://soundz.com.br), sua plataforma de streaming de música grátis, onde você pode criar playlists, escutar músicas e ainda conferir uma revista digital completa sobre música, cinema e variedades. Porque, afinal, viver a emoção do terror é bom — mas fazer isso de ouvido atento, com trilha sonora de arrepiar, é melhor ainda!
