Música

Ascensão dos DJs Brasileiros: O Que Está Chamando Atenção Internacional?

Se você acha que a música eletrônica mundial só pulsa ao som de nomes como David Guetta, Calvin Harris ou Tiësto, talvez seja hora de atualizar a sua playlist – e, de preferência, incluir aí um bom espaço para os DJs brasileiros. Afinal, a cena eletrônica do Brasil não está apenas pegando fogo nas pistas nacionais, mas chamando atenção de gigantes da indústria internacional. Não é exagero dizer que, atualmente, alguns dos maiores hits e tendências do universo dos festivais vêm diretamente do nosso quintal tropical, com um tempero único que só a criatividade brasileira oferece.

Vamos de dados: segundo o relatório da International Music Summit de 2024, o Brasil já ocupa o top 5 dos maiores mercados de música eletrônica do mundo. Isso se reforça pela quantidade de DJs brasileiros escalando line-ups de festivais históricos, como Tomorrowland Bélgica, Ultra Miami, Coachella e até o Glastonbury. Nomes como Vintage Culture, Alok, ANNA, Mochakk e Liu não só são presença garantida nos maiores palcos, como frequentemente são headliners – e se você acha que eles estão só “fazendo número”, vale dar uma espiada nos rankings: em 2024, Alok manteve-se no Top 5 do DJ Mag, enquanto Vintage Culture cresceu para o Top 10, solidificando a fama do house brasileiro no exterior.

Mas afinal, o que está catapultando os nossos DJs para tão longe? Primeiro, autenticidade. A mistura de influências tropicais, ritmos brasileiros e batidas globais faz com que o som dos nossos artistas seja diferenciado. Vintage Culture, por exemplo, não esconde suas raízes no sertanejo e na MPB, criando remixes inusitados que conquistaram tanto os gringos quanto o público nacional. Já ANNA, nascida em São Paulo, leva consigo o peso do techno underground brasileiro – seu remix para Jon Hopkins foi um dos mais elogiados de 2024.

Além disso, a internet virou uma aliada poderosa. Plataformas de streaming, redes sociais como TikTok e Instagram, e até lives em plataformas de games permitiram que os DJs brasileiros se conectassem diretamente com fãs globais, sem depender de intermediários. Mochakk, por exemplo, viralizou mundialmente ao postar sets espontâneos, misturando house, funk e até samba em varandas, festas clandestinas ou paisagens urbanas brasileiras – o resultado? Contratos internacionais e uma agenda lotada em 2025.

Outro fator-chave é a colaboração. Muitos DJs brasileiros entenderam que a força está em se unir e exportar o talento nacional em parceria. O hit “In The Dark”, lançado por Vintage Culture e Fancy Inc com a cantora inglesa Izzy Bizu, explodiu nas paradas do Reino Unido e dos Estados Unidos em 2024. Alok, por sua vez, gravou com nomes como John Legend, Jason Derulo e Ava Max, tornando a batida verde-amarela familiar nos quatro cantos do mundo.

Não dá para esquecer o papel dos festivais nacionais, que viraram laboratório e vitrine global: o Só Track Boa, Kaballah e o Universo Paralello são exemplo de eventos que ajudaram a moldar o perfil inovador dos nossos DJs, ao mesmo tempo em que atraem turistas estrangeiros e olhares de grandes selos internacionais. O crescimento de selos nacionais como Spinnin’ Brazil, Hub Records e G-Mafia Records ainda impulsiona lançamentos e exporta novidades direto para as pistas de Ibiza, Berlim e Londres.

E como toda boa história brasileira, claro que não pode faltar uma pitada de humor e irreverência. Os DJs brasileiros sabem rir de si mesmos, transformar memes em hits e criar virais que ultrapassam fronteiras. Quem não se lembra do “Morena”, de Vitor Kley remixado por Alok, que virou trilha de challenge em vários países? Ou do Mochakk dançando descalço em vídeos que bateram milhões de visualizações em menos de 24 horas? Nossa criatividade é, sem dúvida, patrimônio mundial.

Se você ainda não embarcou nesse bonde, a dica é clara: fique de olho nas próximas edições dos maiores festivais do mundo. Tem muito brasileiro “esticando” as faixas, lançando colaborações com astros globais e, principalmente, mostrando que a música eletrônica feita aqui é exportação de primeira linha. Com tanta energia, diversidade e inovação, a ascensão dos DJs brasileiros está só começando – e o mundo já está dançando no nosso ritmo.

E para não perder nenhuma batida dessa revolução musical, vale acessar o Soundz (https://soundz.com.br): a plataforma de streaming de música grátis, onde você pode escutar músicas, criar playlists e ainda conferir uma revista digital recheada de conteúdos sobre música, cultura, tendências e tudo que está bombando no Brasil e no mundo. Let’s dance!

O que achou ?

Artigos relacionados