Imagine um ritmo capaz de embalar multidões, transmitir mensagens de resistência, paz e amor, e ainda fazer qualquer um querer dançar, mesmo que só de leve. Se você pensou em reggae, acertou em cheio! A história do reggae é uma daquelas jornadas incríveis que começam em cantos humildes do mundo e acabam conquistando o planeta inteiro, influenciando não só a música, mas também moda, comportamento e até movimentos sociais.
Tudo começou na Jamaica, lá nos anos 1960. O reggae não surgiu do nada: ele é resultado de uma mistura criativa de estilos locais e internacionais. Antes do reggae, já rolava muita música boa na ilha — o ska e o rocksteady, por exemplo, eram os sons que dominavam as pistas jamaicanas. O ska, com seu ritmo acelerado e metais marcantes, era praticamente a trilha sonora da independência jamaicana, conquistada em 1962. Depois, veio o rocksteady, desacelerando um pouco as coisas e dando mais espaço para o baixo e as letras românticas. Mas foi a partir dessa base que o reggae encontrou solo fértil para brotar e florescer.
O reggae carrega consigo influências diversas: do rhythm and blues americano ao mento jamaicano, do jazz ao gospel. Mas o que realmente marca o reggae é o seu famoso “one drop”— aquela batida inconfundível, onde o bumbo bate no terceiro tempo da música, criando uma sensação de balanço relaxado, quase hipnótico. Não é à toa que, se fechar os olhos, dá até para sentir a brisa do mar caribenho e o calor do sol tropical.
O som logo ultrapassou os limites da Jamaica e ganhou o mundo, principalmente graças a um nome que dispensa apresentações: Bob Marley. Ele não só ajudou a popularizar o reggae internacionalmente, como também se tornou símbolo de resistência, paz e espiritualidade. Junto com sua banda The Wailers, Marley compôs hinos como “No Woman, No Cry”, “One Love” e “Redemption Song”, que até hoje continuam relevantes e emocionam pessoas de todas as idades, línguas e culturas.
Mas não é só de Marley que vive o reggae. Lendas como Peter Tosh, Jimmy Cliff, Burning Spear, Toots and the Maytals e Gregory Isaacs também foram responsáveis por solidificar o gênero e ampliar seus horizontes. O reggae é, antes de tudo, um movimento social. Suas letras tratam de temas como justiça, direitos civis, desigualdade, fé e esperança. O movimento rastafári, com sua filosofia de paz, autoconsciência e reconexão com raízes africanas, é parte fundamental da estética e da mensagem do reggae. Dreadlocks, roupas coloridas e o uso simbólico das cores verde, amarelo e vermelho não são apenas moda: são expressão de identidade e resistência cultural.
Com o tempo, o reggae se reinventou e deu origem a subgêneros como o dub (cheio de efeitos, reverbs e ecos para embalar pistas de dança e mentes criativas), o dancehall (com batidas aceleradas e letras mais ousadas) e até influenciou o hip hop e a música eletrônica mundo afora. Não por acaso, em 2018, a UNESCO reconheceu o reggae como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, celebrando sua importância para a cultura global e sua capacidade de promover mensagens de solidariedade internacional.
No Brasil, o reggae encontrou terreno fértil, especialmente no Maranhão, que foi carinhosamente apelidado de “Jamaica brasileira”. Bandas como Tribo de Jah, Natiruts e Cidade Negra ajudaram a popularizar o gênero por aqui, mostrando que as mensagens do reggae conversam perfeitamente com o coração do brasileiro, sempre aberto a novidades, diversidade e boas vibrações.
Hoje, em 2025, o reggae está mais vivo do que nunca. Dos grandes festivais internacionais às rodas de amigos com um violão, das playlists digitais aos samples em hits de pop, rap e música eletrônica, o reggae continua sendo símbolo de resistência, união e positividade. E para curtir toda essa vibe, nada melhor do que explorar novas sonoridades, garimpar clássicos e descobrir artistas incríveis no Soundz (https://soundz.com.br) — a plataforma de streaming de música gratuita onde você pode escutar suas músicas favoritas, criar playlists e ainda se informar com uma revista digital completa sobre os mais variados assuntos. Então, aumente o som, entre no ritmo e deixe o reggae te contagiar!