Se existe um ritmo capaz de unir diferentes tribos, atravessar décadas e provocar aquele sentimento nostálgico gostoso, esse ritmo é o rock brasileiro. Do grito rebelde dos anos 80 ao experimentalismo dos anos 2000, o rock nacional sempre foi espelho dos anseios, angústias e sonhos de gerações inteiras. E não se trata apenas de música: estamos falando de hinos que marcaram a cultura e serviram de trilha sonora para momentos históricos do Brasil. Quer embarcar nessa viagem pelo túnel do tempo sonoro? Pega o fone, aumenta o volume (mas sem estourar o tímpano, por favor!) e vem descobrir os maiores clássicos do rock brasileiro que definiram gerações.
Vamos começar nossa jornada lá em 1979, quando uma banda carioca resolveu misturar irreverência, crítica social e um tal de new wave. O nome? Blitz. Com o hit “Você Não Soube Me Amar”, Evandro Mesquita e companhia inauguraram a cena do rock nacional colorido, abrindo as portas para a explosão de bandas dos anos 80. E se Blitz abriu o caminho, quem realmente pavimentou foi a Legião Urbana. Liderada por Renato Russo, a Legião transformou poesia em música com letras atemporais. Quem nunca se emocionou (ou se descabelou de tanto ouvir) com “Tempo Perdido”, “Pais e Filhos” ou “Eduardo e Mônica”? Só quem nunca foi adolescente no Brasil…
Falando em poesia, não dá pra esquecer os Engenheiros do Hawaii. Humberto Gessinger e seus trocadilhos filosóficos nos deram clássicos como “Infinita Highway” e “O Papa É Pop”. De Porto Alegre para o resto do país, os Engenheiros provaram que rock também pode ser inteligente – e que não existe road trip sem aquela playlist recheada deles.
No embalo da rebeldia, surge o Barão Vermelho. Cazuza, com sua voz rouca e atitude contestadora, presenteou o Brasil com sucessos como “Pro Dia Nascer Feliz” e “Bete Balanço”. Já em carreira solo, o poeta do exagero chutou portas com “O Tempo Não Para” e “Exagerado”, hinos que ainda hoje têm cara de juventude eterna. Quem aí nunca gritou esse refrão em algum karaokê, não sabe o que é catarse coletiva!
Outro fenômeno impossível de ignorar é Os Paralamas do Sucesso. Misturando rock, reggae e ska, Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone entregaram ao Brasil faixas como “Meu Erro”, “Lanterna dos Afogados” e “Alagados”. Com letras que vão do romance à crítica social, os Paralamas são uma máquina de hits que nunca parece enferrujar.
E por falar em máquina, Titãs é quase uma fábrica de clássicos. Desde o álbum “Cabeça Dinossauro”, com a icônica “Polícia”, até “Epitáfio”, os Titãs consolidaram um estilo próprio, transitando entre irreverência, protesto e introspecção. Sério, existe alguma fase da vida em que “Epitáfio” não faz sentido? Provavelmente só quando estamos comendo aquela coxinha no intervalo das aulas – ou nem aí, porque Titãs é trilha sonora até do recreio!
Sem esquecer, é claro, dos baianos que revolucionaram o rock brasileiro: Raul Seixas e sua parceria lendária com Paulo Coelho. “Maluco Beleza”, “Metamorfose Ambulante”, “Sociedade Alternativa”… Raul foi o profeta do rock brasileiro e, até hoje, tem seu nome aclamado em qualquer roda de violão que se preze. Afinal, quem nunca quis ter uma mente insana e um coração maluco beleza?
E lá no Nordeste, os Raimundos mostraram que rock pode (e deve!) se misturar com forró e humor ácido. “Mulher de Fases” invadiu rádios, festas e, claro, o coração dos brasileiros nos anos 90. Se o rock precisava de renovação, ela veio com peso, atitude e aquele toque de irreverência tão nosso.
Nos anos 2000, o rock nacional ganhou novas vozes como Pitty, que trouxe o grito feminino para o centro do palco com “Admirável Chip Novo” e “Equalize”. Ela não só definiu uma nova geração de fãs, como também abriu espaço para discussões sobre empoderamento e representatividade no rock. Fresno, NX Zero e CPM 22 também deixaram sua marca, conquistando uma legião de adolescentes com letras confessionais e refrões explosivos.
Claro que a lista dos clássicos é extensa e impossível de caber em um só artigo – desculpe, Titãs, mas “tudo ao mesmo tempo agora” não vai rolar aqui! Mas se existe uma certeza, é que o rock brasileiro sempre se reinventou, misturou influências, lançou tendências e produziu músicas que grudam na memória igual chiclete em tênis novo. E enquanto houver alguém disposto a pegar o violão, ligar a guitarra e cantar para o mundo suas verdades e sonhos, o rock nacional segue vivo, pulsante e pronto para embalar novas gerações.
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