Quando pensamos em grandes emoções na música brasileira, especialmente aquela que toca o coração, logo vem à mente o sertanejo. E se tem uma coisa que é capaz de elevar ainda mais a potência desse gênero é o dueto: dois timbres, duas personalidades, muitas vezes duas gerações, conectadas pela poesia rural e pela dor de cotovelo – ou pelo menos por aquele refrão que não sai da cabeça nem depois de ouvir cem vezes. Os duetos sertanejos escreveram capítulos marcantes na história da nossa música, e alguns deles se tornaram verdadeiros hinos nacionais, atravessando décadas, playlists e gerações.
Vamos embarcar juntos numa viagem por esses encontros inesquecíveis, que provam que quando dois se unem, não existe sertanejo ruim. Prepare o lenço (ou o chapéu), porque emoção por aqui é o que não falta!
Na década de 1980, o Brasil já estava em clima de romantismo sertanejo e, para coroar esse momento, chega “Evidências”, de Chitãozinho & Xororó, numa parceria histórica com Simone & Simaria – mas calma, essa versão só viria a acontecer em 2017, no programa Fantástico, quando as duplas se uniram para revisitar o clássico, dando uma nova energia à canção. O resultado? Um encontro de gerações que virou trending topic e, claro, ganhou milhões de views nas redes, mostrando que música boa não tem prazo de validade.
Se “Evidências” é quase um hino nacional, temos que citar outro encontro de tirar o chapéu: Zezé Di Camargo & Luciano com Paula Fernandes em “Criação Divina”. Lançada em 2011, a música foi trilha sonora de novela, rendeu lágrimas nos shows e mostrou que o romantismo, quando bem compartilhado, é impossível de ignorar (e de não cantar junto, nem que seja baixinho no ônibus).
E por falar em emoção, não dá para esquecer de “Você Vai Ver”, quando Bruno & Marrone convidaram Jorge & Mateus para dividir o palco. A apresentação virou referência no Youtube, acumulando milhões de visualizações. Se as vozes já emocionam separadas, juntas então o coração do fã quase pede arrego.
Os duetos não param por aí! Luan Santana, por exemplo, já fez parcerias inesquecíveis. Quem não lembra de “Tudo Que Você Quiser” ao lado de Ivete Sangalo? O sertanejo e o axé se encontraram em um dueto que atravessou fronteiras musicais, mostrando que, quando o assunto é canção boa, a mistura só agrega. E se você acha que Luan parou por aí, está enganado: “Mesmo Sem Estar”, com Sandy, é a prova viva de que o sertanejo pode ser delicado e ao mesmo tempo arrebatador. A música emocionou fãs de ambos os artistas, unindo dois universos de maneira única.
No universo dos sertanejos raiz, também temos encontros que marcaram época. Milionário & José Rico, conhecidos como “As Vozes de Ouro do Brasil”, receberam diversas vezes artistas convidados, mas um dos duetos mais emblemáticos foi com Daniel, numa homenagem a João Paulo, que havia falecido tragicamente. O momento foi de arrepiar e eternizou o respeito entre gerações do sertanejo.
A nova geração não ficou para trás. Marília Mendonça, a eterna “Rainha da Sofrência”, fez história com Maiara & Maraísa em “A Culpa é Dele”. O single, lançado em 2018, virou queridinho nas playlists e embalou corações partidos Brasil afora, consolidando o “feminejo” como potência nacional. Entre lágrimas e sorrisos, esse dueto mostrou que o poder feminino também domina o sertanejo.
E, claro, não podemos deixar de lado os momentos em que a música sertaneja rompeu fronteiras internacionais. Michel Teló, conhecido mundialmente por “Ai Se Eu Te Pego”, dividiu o palco com a estrela espanhola Pablo Alborán para uma versão bilíngue do hit, conquistando públicos latinos e mostrando que o sertanejo também fala espanhol – e com muito carisma!
Esses duetos incríveis não só conquistaram multidões, mas também abriram caminho para que novos artistas se inspirassem e buscassem parcerias diferentes, renovando sempre o frescor do sertanejo. No final das contas, a regra é clara: quando a sofrência é compartilhada, a música fica ainda melhor. Agora, me diz: qual dueto sertanejo mais marcou sua vida? Conta pra gente, porque por aqui, a playlist só cresce!
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